02/05/2024 - Edição 540

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Sós, EUA vetam na ONU reconhecimento da Palestina como Estado independente

Chorando, embaixador palestino afirma: "Não seremos enterrados"

Publicado em 19/04/2024 1:04 - Jamil Chade (UOL), Bruno de Freitas Moura e Lucas Pordeus León (Agência Brasil) – Edição Semana On

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Apesar de ter feito forte pressão sobre aliados, o governo dos EUA foi o único a vetar a resolução para autorizar o Estado da Palestina a ser membro pleno da ONU, o que seria o equivalente a dar aos palestinos um reconhecimento internacional como um Estado soberano e independente.

Numa votação na quinta-feira, o Conselho de Segurança não aprovou a adesão palestina diante da postura americana, isolada e sem contar nem mesmo com o apoio de seus tradicionais aliados. Pelas regras do órgão, basta que um dos cinco membros permanentes do conselho vete uma proposta para que o projeto seja engavetado, o que acabou ocorrendo.

O texto da resolução era um dos mais curtos já submetidos ao voto, mas uma das decisões de maior impacto em décadas. Dizia o projeto:

“O Conselho de Segurança,

Tendo examinado a demanda do Estado da Palestina para sua admissão às Nações Unidas,

Recomenda à Assembleia Geral que o Estado da Palestina seja admitido como membro da ONU.”

Como foi a votação

– 12 votos em apoio ao reconhecimento internacional da Palestina: China, Rússia, França, Moçambique, Guiana, Japão, Argélia, Malta, Coreia do Sul, Eslovênia, Sierra Leoa e Equador.

– 2 abstenções: Reino Unido e Suíça

– 1 veto: EUA

Chorando, embaixador palestino afirma: “Não seremos enterrados”

Lamentando o resultado da votação e visivelmente emocionado, o embaixador palestino, Riyad Mansour, chamou Israel de “potência colonial e genocida” e insistiu que o direito a um estado palestino é “eterno”. “Nós não seremos enterrados, não iremos desparecer, independente da potência que existir. Estávamos esperando desde 1947 e estamos em 2024”, disse. “Não vamos desistir”, insistiu.

Ele fez ainda um alerta sobre a consequência do veto: “O que a comunidade internacional fará diante do avanço de Israel? Vão esperar até quando?”, questionou Mansour. Segundo ele, a resolução iria proteger as terras palestinas.

Israel diz que proposta criaria “Estado nazista da Palestina”

Num discurso violento, o governo de Israel rejeitou a proposta, chamando a resolução de “imoral e perigosa” e insistiu que os palestinos “apoiam terroristas”. “A proposta força a criação de um estado nazista da Palestina”, denunciou Guilad Erdan, embaixador de Israel na ONU. “A liderança palestina jamais condenou o Hamas e chamam os terroristas de seus irmãos”, disse.

Enquanto ele falava, ao final do encontro, as demais delegações já deixavam a sala, num sinal do desconforto diante de seu discurso. Para ele, os votos e a reunião mostram “o colapso da ONU”. “Neste formato, a ONU não tem futuro e que ela apoia o terrorismo”, disse.

Segundo Erdan, os critérios para entrar na ONU incluem ter uma população permanente, um território, um governo e a capacidade de ter relações com outros países. Mas destacou como também existe que sejam “Estados que amam a paz”. “Que piada”, afirmou o diplomata. “A Autoridade Palestina é uma entidade que ama o genocídio e não merece estar aqui”, disse.

O embaixador alertou que a Autoridade Palestina não tem controle sobre Gaza. “Quem vai representar? O Hamas de Gaza?”, questionou. Segundo o diplomata, a adesão palestina seria a “maior recompensa à violência” do Hamas. “Se isso ocorrer, isso aqui não seria mais o Conselho de Segurança, mas o Conselho do Terror”, afirmou. Israel alertou que, se aprovada, tornaria uma negociação “impossível”.

Erdan ainda aproveitou a reunião para acusar o representante iraniano de ser um terrorista. “O ministro de um Estado genocida está aqui. Ele é um terrorista”, acusou.

O discurso causou profundo desconforto entre as delegações, com o governo russo chegando a alertar que Israel estava “insultando” a ONU.

EUA justificam o veto

Robert Wood, embaixador dos EUA, levantou o braço, sozinho no salão, quando a presidência do Conselho de Segurança se alguém votaria contra.

Ao explicar sua posição, o americano afirmou que apenas uma negociação entre palestinos e israelenses é que pode garantir o reconhecimento internacional. “Continuaremos a nos opor a medidas unilaterais que possam minar negociações”, disse. O governo de Joe Biden disse que continua a apostar numa solução de dois Estados.

Mas questionou se os critérios dos palestinos para fazer parte da ONU tinham sido cumpridos. “Há questões não resolvidas quanto ao fato de o candidato atender aos critérios para ser considerado um Estado”, justificou. “Há muito tempo pedimos à Autoridade Palestina que realize as reformas necessárias para ajudar a estabelecer os atributos de prontidão para a condição de Estado e observamos que o Hamas, uma organização terrorista, está atualmente exercendo poder e influência em Gaza, uma parte integral do Estado previsto nessa resolução”, disse Wood.

“Desde os ataques de 7 de outubro, o presidente Biden tem deixado claro que a paz sustentável na região só pode ser alcançada por meio de uma solução de dois Estados com a garantia de segurança de Israel”, disse Wood.

Rússia e China atacam americanos

O governo da Rússia criticou o gesto americano, alertando que a “história não os esqueceria” e que a votação mostrava o “isolamento dos EUA”. “O voto mostra o que os americanos pensam de fato sobre os palestinos e se eles merecem ter um estado”, afirmou Vasily Nebenzya, embaixador russo.

Moscou destacou que os palestinos tem o apoio da “maioria absoluta da comunidade global”.

Nebenzia disse que os EUA estão fechando os olhos para os “crimes de Israel” contra civis em Gaza, bem como para a continuação da atividade de assentamentos ilegais na Cisjordânia ocupada. “O objetivo é quebrar a vontade dos palestinos, forçá-los de uma vez por todas a se submeterem ao poder ocupante, transformá-los em servos e pessoas de segunda classe e, talvez, de uma vez por todas, forçá-los a sair de seu território nativo”, disse ele.

“Hoje é um dia triste pelo veto dos EUA”, afirmou o governo da China. “A entrada da Palestina é mais urgente do que nunca”, alertou a delegação chinesa na ONU, que alertou que os palestinos estão sendo “esmagados” cada vez mais diante da ocupação israelense. “A tendência da história é irresistível”, alertou Pequim.

Brasil apoiou palestinos

Antes do voto, o chanceler Mauro Vieira saiu em defesa do reconhecimento do Estado palestino como membro pleno da ONU e apontou que esse seria um caminho para que a solução de dois Estados — Israel e Palestina — possa existir.

Ele alertou que o reconhecimento é “imperativo” para que haja estabilidade regional.

“A tão esperada solução de dois Estados requer que esses dois Estados sejam plenamente reconhecidos. É puro bom senso”, disse o chefe da diplomacia brasileira ao UOL. “Até porque o quadro atual, com um Estado apenas, e como potência ocupante, claramente não levou à implementação da rota para a paz traçada em Oslo”, disse.

Ao falar no Conselho de Segurança da ONU, Mauro Vieira apresentou uma lista de motivos pelos quais os palestinos deveriam ser aceitos na organização e afirmou que se trata de “corrigir por meios pacíficos uma injustiça histórica à aspiração legítima da Palestina à condição de Estado”.

Citando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele destacou que “a decisão sobre a existência de um Estado palestino independente foi tomada há 75 anos pelas próprias Nações Unidas”, portanto, “não há desculpas para impedir que o Estado da Palestina entre para a ONU como membro pleno”.

Hoje, 139 dos membros da ONU já reconheceram a soberania do Estado da Palestina. O Brasil o fez em 2010, reconhecendo sua soberania territorial ao longo das linhas das fronteiras de 1967.

“Chegou a hora de a comunidade internacional finalmente dar as boas-vindas ao Estado da Palestina, totalmente soberano e independente, como um novo membro das Nações Unidas”, disse.

“A paz e a estabilidade no Oriente Médio só poderão ser alcançadas quando as legítimas aspirações do povo palestino à autodeterminação e à condição de Estado forem atendidas”, disse Mauro Vieira.

Pressão americana contra resolução fracassou

Antes do encontro telegramas vazados mostram que os EUA pressionaram outros países do Conselho de Segurança a votar contra o projeto. Os documentos ainda revelam o alerta feito ao presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.

De acordo com um dos telegramaa, o Equador — que neste ano faz parte do Conselho da ONU — aceitou seguir a orientação americana e afirmou que vai votar contra a resolução que reconhece a Palestina como Estado.

Num telegrama de 13 de abril, o governo americano explica que seu embaixador em Quito esteve com a ministra das Relações Exteriores do Equador, Gabriela Sommerfeld, em 12 de abril.

“Sommerfeld concordou com nossa posição e disse que o Equador não apoiaria nenhuma resolução do Conselho de Segurança da ONU que recomendasse a admissão da “Palestina” como um Estado membro da ONU”, disse.

“Ela acrescentou que também instruiria o representante equatoriano na ONU, José de la Gasca, a pressionar a França, o Japão, a Coreia e Malta a não apoiar tal resolução”, afirmou o telegrama.

“Sommerfeld enfatizou que era importante que qualquer resolução proposta não obtivesse os votos necessários sem o veto dos EUA, observando que o Equador não gostaria de parecer isolado (sozinho com os Estados Unidos) em sua rejeição de uma resolução sobre a

“Palestina” (particularmente em um momento em que a maioria dos estados membros da ONU está criticando o Equador por sua incursão em 5 de abril na embaixada do México em Quito”, completou.

Na hora do voto, porém, nem o Equador seguiu o voto americano.

“Estado independente palestino é direito histórico”, dizem autores da proposta

Ao apresentar o projeto, o governo da Argélia insistiu que o reconhecimento internacional era um “direito histórico” e que cabia à ONU salvar a ideia de uma solução a dois Estados.

“A causa palestina vive uma ameaça perigosa e o conselho tem uma responsabilidade de agir imediatamente de impor a solução de dois Estados”, defendeu Mohamed Attaf, chanceler argelino.

Ele destacou que a ocupação israelense mina a paz no Oriente Médio e destrói os pilares do estado palestino. Segundo o chanceler, Israel tenta “liquidar a causa palestina” e “faz isso sem escrúpulo”.

Segundo ele, a proposta causaria três impactos:

– Consolidaria a solução a dois estados e a protegeria de ameaças

– Protegeria a base de um estado palestino, com Jerusalém Oriental como capital

– Construiria a base para um plano de paz.

Antes do voto, o governo palestino disse que seu povo no vive uma “tragédia” desde 1948. Ziad Abu Amr, vice-primeiro-ministro palestino, afirmou que a entrada na ONU iria “compensar algumas das injustiças históricas”.

Ele contestou o argumento americano. “Como a entrada da Palestina vai minar os esforços de paz? Não foi assim que Israel também foi estabelecido e passou a ser membro pleno na ONU?”, questionou Ziad Abu Amr, que ainda acusou potências Ocidentais de armar Israel.

Oriente Médio à beira do abismo, alerta chefe da ONU

Antes da votação, o secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou que o Oriente Médio vive um “momento de máximo perigo” e que está “à beira do abismo”. “Isso poderia levar ao impensável, que seria uma guerra em escala completa em toda a região”, alertou.

O chefe da ONU acusou Israel de impedir 40% das iniciativas para entregar alimentos em Gaza, também também condenou ataques do Irã e o terrorismo do Hamas.

“Precisamos de cessar-fogo, a soltura dos reféns e a entrega de ajuda humanitárias”, defendeu Guterres, que chamou Gaza de um “cenário de inferno”.

Ele sugeriu que a solução é a criação de dois Estados, com reconhecimento mútuo. “A comunidade internacional tem obrigação de fazer isso ocorrer”, cobrou o chefe da ONU, que defendeu o “fim da ocupação” das terras palestinas.

Solução de dois estados entre Palestina e Israel é unanimidade no G20

A solução de dois estados – um Palestino e um Israelense – é unanimidade entre os integrantes do G20, grupo dos 20 países que reúnem as principais economias do mundo, como único caminho para a paz no Oriente Médio. A posição foi repassada na quinta-feira pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, ao término do encontro de chanceleres, no Rio de Janeiro. A reunião foi a primeira de nível ministerial realizada sob a presidência brasileira no G20.

Outra unanimidade destacada pelo ministro é a necessidade de uma reforma no Conselho de Segurança da ONU, instituição multilateral máxima para temas ligados à paz mundial e resolução de conflitos e guerras.

O encontro, realizado na Marina da Glória, ponto turístico na orla carioca, contou com a presença de 45 delegações de integrantes do G20, convidados e entidades multilaterais, como a ONU, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Organização Mundial do Comércio (OMC). Dos países, 32 estiveram presentes com representantes de nível ministerial.

Entre os chanceleres que compareceram estão o secretário de Estado americano, Antony Blinken; o chanceler russo, Sergey Lavrov, e o ministro de Relações Exteriores do Reino Unido e ex-primeiro-ministro britânico, David Cameron.

Guerra Mundial: entenda riscos de conflito entre Israel e Irã

O risco de uma nova guerra mundial existe caso o conflito entre Israel e Irã se consolide, o que pode arrastar o planeta para uma crise econômica de grandes proporções, segundo especialistas.

O mundo aguarda o desfecho do conflito após Israel ser atacado pelo Irã em seu próprio território. O Irã, por sua vez, revidou o ataque à sua embaixada em Damasco, na Síria. Os aliados de Tel Aviv apelam, publicamente, para que o país não amplie a guerra no Oriente Médio.

O doutor em história pela Universidade de São Paulo (USP), José Arbex Junior, avalia que estamos caminhando para um cenário que, se não for contido, pode levar a uma guerra mundial.

“Quando você engaja o Irã no conflito, você está mexendo com toda a estrutura geopolítica de poder e, historicamente, os Estados Unidos mantém uma relação bastante hostil com o Irã desde pelo menos 1979, quando teve a Revolução Iraniana”, comentou.

Para o especialista, os Estados Unidos (EUA) e seus aliados vivem agora um novo impasse. “Eles não têm como entrar com tudo em uma guerra contra o Irã. Afinal, isso arruinaria a economia mundial e arruinaria as chances do [Joe] Biden se reeleger presidente dos EUA”, destacou.

Arbex lembrou que o Irã controla o Estreito de Hormuz, pequeno pedaço de oceano por onde passa boa parte do comércio mundial de petróleo. “Imagina se o Irã, em uma situação de conflito, resolve fechar o Estreito de Hormuz? O preço do barril do petróleo sobe, tranquilamente, para 150 dólares ou mais. Isso explode a economia europeia. Por isso que os europeus estão em pânico”, completou.

O professor de jornalismo da USP, que foi correspondente internacional em Moscou e Nova Iorque, citou ainda que o Irã é fundamental para economia chinesa.

“[O petróleo do Irã] é o sangue da economia chinesa. Então, se for interrompido o fornecimento de petróleo para a China, por força da guerra, não tenho dúvida nenhuma de que a China vai se alinhar com o Irã”, completou José, acrescentando que, diplomaticamente, Pequim já é próximo de Teerã.

A professora de Relações Internacionais do Ibmec de São Paulo, Natalia Fingermann, também avaliou que a guerra, hoje regional, pode escalar para uma guerra global devido ao cenário de grande instabilidade, que vem se agravando desde a Guerra na Ucrânia.

“O risco existe. Não é uma coisa totalmente distante, louca ou sem sentido nenhum. O risco existe e acho que ele nunca foi tão possível, pelo menos nos últimos 40 anos”, destacou a professora, acrescentando que há ainda o risco do uso de armas nucleares.

Fingermann lembrou que a escalada do conflito pode aumentar a inflação global, afetando todo o mundo. “[Se o conflito aumentar], vamos ter um aumento do preço do petróleo e, consequentemente, um processo de inflação global porque, querendo ou não, o petróleo ainda é a principal fonte de energia e de transporte do alimento do mundo”, acrescentou

Israel e EUA

O professor José Arbex avaliou que Israel atacou a Embaixada do Irã, em Damasco, com objetivo de envolver Teerã no conflito para, com isso, tentar trazer os EUA para mais perto de Tel Aviv.

O especialista argumentou que Israel estava isolado internacionalmente e, internamente, o governo vinha sofrendo pressões pela saída do primeiro-ministro, Benjamim Netanyahu, que corre o risco ser preso se deixar o poder. Além disso, citou a econômica do país, parcialmente paralisada pela guerra, como outro fator preocupante para Israel.

“Netanyahu jogou todas as fichas no agravamento do conflito com o Irã para puxar apoio dos Estados Unidos, que ele estava perdendo por causa das eleições nos EUA.” Ele acrescentou que Gaza tem afetado a perspectiva eleitoral de Biden.

A professora Natalia Fingermann lembrou que, oficialmente, Israel justificou o ataque contra a embaixada do Irã para desarticular o apoio que o país dá ao Hezbollah, grupo do Líbano em conflito na fronteira Norte de Israel. Porém, ela avaliou que Netanyahu teve outros ganhos com o envolvimento direto do Irã.

“Primeiro, ele tira o foco sobre Gaza, que sai da pauta internacional, e ele volta a ter apoio internacional e doméstico. Então, em certa medida, ele consegue fazer a sua manutenção de poder”, resssaltou.

Questão palestina

Fingermann disse ainda que a entrada do Irã pode ter consequências negativas para causa palestina. Para a especialista, Netanyahu foi quem mais tirou vantagem na nova situação.

“Quando todos os grandes aliados de Israel, como Estados Unidos, França e Inglaterra, param de olhar para Gaza e focam mais no Irã, a gente tem, assim, o receio de que aquela população fique abandonada.”

Para o professor José Urbex, a questão palestina se fortalece, pois mostra que eles não estariam sozinhos contra Israel. Ele citou ainda a manifestação da presidente da União Europeia, Ursula von der Leyen, que, apesar de condenar o Irã, pediu que a questão palestina seja resolvida.

“Não é por acaso que ela faz uma declaração dessa. O Irã demonstrou que, se essa coisa prosseguir e a guerra prevalecer, a coisa vai ficar muito feia”, disse. Além disso, Arbex avaliou que o ataque do Irã revelou certa fragilidade de Israel, que precisou dos aliados para conter os drones de Teerã.

“[Ajudaram Israel] os Estados Unidos, Inglaterra, Jordânia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e a fragata francesa, que está estacionada lá perto. O que sobrou para Israel fazer? Sobrou pouquíssima coisa. Israel é integralmente dependente desses aliados externos”, acrescentou.


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