09/05/2024 - Edição 540

Ágora Digital

As brilhantes ideias da extrema direita

O jornalista Victor Barone resume a semana política

Publicado em 04/02/2023 9:44 - Victor Barone

Divulgação

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O senador Marcos do Val (Podemos-ES) vale tanto quanto uma nota de 3 reais. A maioria dos seus colegas sabe, talvez a maioria dos seus eleitores não, mas nada impede que venha a saber um dia.

Não há bolsonaristas que ainda acreditam em Bolsonaro apesar do que ele fez e deixou de fazer nos últimos 4 anos? É assim mesmo, e pior na era das bolhas. Um dia a ficha cairá.

Em menos de 24 horas, Do Val passou da condição de denunciante de um escândalo a de investigado, e logo por quem – por Alexandre de Moraes, o xerife da República. Moraes não perdoa.

Exagero. É só consultar os votos que o ministro dá no Supremo Tribunal Federal e no Tribunal Superior Eleitoral para ver que ele perdoa, sim, quando acha que é o caso.

Do Val contou à revista Veja que foi convidado em dezembro último para uma reunião com Bolsonaro e o deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) no Palácio do Alvorada.

E que, ali, recebeu a proposta de grampear Moraes. A ideia: que extraísse de Moraes alguma declaração que o tornasse suspeito de jogar fora das quatro linhas da Constituição.

Se conseguisse, salvaria o país de ser governado por Lula. Estava pronta a minuta do golpe para anular as eleições passadas, intervir na Justiça Eleitoral e prender Moraes e outros ministros.

Acontece que depois do que disse à Veja, Do Val, em entrevistas a outros veículos de imprensa, apresentou pelo menos outras três versões da mesma história, com diferenças substanciais entre elas.

Na primeira, o convite para o encontro no Alvorada partiu de Bolsonaro. Na segunda e na terceira, Bolsonaro sumiu como autor do convite. Na primeira, Bolsonaro falou durante o encontro.

Teria chegado a dizer que a Agência Brasileira de Informações, o serviço secreto do governo, ajudaria Do Val na tarefa de grampear Moraes. Nas versões seguintes, Bolsonaro ficou calado.

Limitou-se, no fim, a dizer que esperaria uma resposta de Do Val, que pediu tempo para refletir sobre a proposta. O senador disse que procurou uma vez Moraes e que lhe contou tudo.

Agora, diz que esteve com ele duas vezes. Como prova, exibe uma mensagem enviada pelo celular ao ministro. A mensagem não prova que ele se reuniu duas vezes com Moraes.

O que levaria um bolsonarista raiz, que apoiou a tentativa fracassada de golpe em 8 de janeiro, que visitou golpistas presos, a detonar Bolsonaro? O que se esconde por trás disso?

O encontro no Alvorada ocorreu. Nem Bolsonaro nega. O mais está para ser confirmado ou não. Aguardemos os próximos capítulos

Por Ricardo Noblat

Falando por videoconferência para uma plateia em Lisboa, Alexandre de Moraes confirmou ter recebido Marcos do Val em 14 de dezembro. Tratou como mera maluquice cômica o relato que ouviu do senador bolsonarista sobre a conspiração urdida por Bolsonaro e o ex-deputado Daniel Silveira para grampeá-lo com o propósito de promover uma virada de mesa. Absteve-se de tomar providências. Decorridos 50 dias, Moraes descobriu o valor de um antigo provérbio português segundo o qual “ninguém se livra de pedrada de doido e de coice de burro” —nem mesmo um ministro do Supremo e presidente do TSE.

Com atraso hediondo, Moraes abriu nesta sexta-feira investigação contra Marcos do Val. Antes, chamou a trama de “Operação Tabajara”, cujo amadorismo “mostra o quão ridículo nós chegamos na tentativa de um golpe no Brasil”. O ministro ironizou “a ideia genial que tiveram de colocar uma escuta no senador para que ele pudesse me gravar”. De fato, o bolsonarismo prova cotidianamente que a diferença entre a genialidade e a burrice é que a genialidade tem limites. Mas não é menos precário o magistrado que, percebendo que lidava com malucos de inteligência curta, se manteve por quase dois meses na incômoda condição de alvo de pedradas e coices.

Moraes alega que recebeu Marcos do Val apenas uma vez. Seu interlocutor diz que esteve com ele antes e depois da conversa com Bolsonaro e Daniel Silveira. O ministro sustenta que perguntou ao senador se ele faria um depoimento formal. Diante da recusa, decidiu dar de ombros. “O que não é oficial para mim não existe”, afirmou Moraes à plateia de Lisboa. Nada mais equivocado. Cabia ao ministro formalizar numa investigação o que jamais poderia ter permanecido por um segundo sequer na informalidade.

Como já era previsto, Do Val evoluiu da posição de pretenso traidor do bolsonarismo para a condição de suposto doido. Anunciou nesta sexta-feira que pediria à Procuradoria o afastamento de Moraes da relatoria dos inquéritos contra atos golpistas. Entre eles o que é estrelado por Bolsonaro. Uma maluquice que é vedada pelo Código de Processo Penal nos casos em que a suspeição do juiz é fabricada pela parte interessada no caso.

Além do inquérito aberto com atraso por Moraes, os senadores precisam levar Marcos do Val para o banco do Conselho de Ética. É preciso cassar o mandato do qual Do Val desistiu de renunciar. No Império Romano, houve um senador de estirpe parecida que fez muito sucesso. Chamava-se Incitatus. Mas tinha mais glamour do que o senador cavalgado por Bolsonaro. E não há notícia de que o preferido de Calígula distribuísse coices.

Por Josias de Souza

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, qualificou a ofensiva de aliados do bolsonarismo de “Operação Tabajara”, um termo repetido por políticos e outros observadores. Ele se referia ao suposto plano de gravá-lo, numa denúncia revelada pelo senador Marcos do Val (Podemos/ES). Mas, além de ser uma ofensa a um povo ancestral, dar essa conotação a um ensaio de golpe descaracteriza o risco que está envolvido.

Se o projeto específico citado pelo senador parece surreal e improvável, é necessário reconhecer que as democracias estão ameaçadas pela existência de um movimento extremamente profissional, sedutor, com muito dinheiro, plano e objetivo.

Ao longo dos últimos anos, a extrema direita descobriu como poucos o poder das redes sociais e criou uma verdadeira realidade paralela para levar milhões de pessoas a acreditar que movimentos autoritários podem dar a solução para seus desafios, que são reais.

Conforme o próprio ministro do STF admitiu, tal movimento criou “zumbis” que rezam para que extraterrestres ajudem a salvar seu mito, cantam o hino nacional para pneus, acreditam que a eleição foi roubada e até que Luiz Inácio Lula da Silva já morreu. Mas, para isso, mergulharam em detalhados estudos sobre o impacto das redes sociais nas consciências, o poder da mentira como estratégia de poder, o uso dos votos e das estruturas da democracia para chegar ao poder. E, uma vez no poder, desmontar justamente essas estruturas.

A mobilização internacional em defesa da democracia brasileira não tem qualquer relação com a defesa de Lula. O que alemães, franceses ou americanos querem é salvar suas próprias democracias. Deixar o Brasil cair, portanto, representaria um fortalecimento da extrema direita mundial e, portanto, uma maior ameaça para seus próprios sistemas.

Chamar uma operação golpista de “Tabajara” não apenas é discriminatório contra um povo ancestral. Numa fala que poderia ser mais um meme, Moraes repete o erro dos últimos anos entre os democratas: rir do suposto amadorismo da extrema direita. A ameaça golpista da extrema direita mundial é tudo menos “Tabajara”.

Por Jamil Chade

ITÁLIA ACIMA DE TUDO

A coragem de Bolsonaro revelou-se uma qualidade estranha. A valentia do capitão lhe falta exatamente no momento em que ele parece estar mais apavorado. Imaginou-se que o espetáculo mais constrangedor da Presidência de Bolsonaro seria o golpe que ele tentou executar quando o eleitor brasileiro o retirou do palco. Mas há mais e pior: depois de passar quatro anos fugindo da realidade, Bolsonaro foge da polícia.

Por enquanto, Bolsonaro se finge de turista nos Estados Unidos. Insinua que pode requerer cidadania italiana. “Sou italiano”, ele disse, quando questionado na Flórida pelo jornal Corriere Della Serra. “Meu nome é Bolsonaro, meus avós eram de Pádua. Pela lei do seu país, sou italiano. Com pouquíssima burocracia, eu teria plena cidadania.”

Na terra do Pateta, Bolsonaro não poderia ter soado mais patético. Há três décadas na política, declara frequentemente seu amor ao país. O amor é tão grande que ele se casou com a pátria e foi morar no déficit público. Levou junto a família.

Bolsonaro passou os últimos quatro anos repetindo o bordão “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos.” Agora, num instante em que roça as grades da cadeia, Bolsonaro atenua seus pendores patrióticos. Considera-se italiano.

Por Josias de Souza

AS AVENTURAS DE MICHEQUE

Funcionários do Palácio do Alvorada revelaram ao portal Metrópoles uma série de intrigas, denúncias e episódios polêmicos que presenciaram no local. A ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, sendo a principal responsável pelo Alvorada, foi o pivô de vários dos relatos publicados e, é claro, não poderia faltar uma história envolvendo o quarto filho de Bolsonaro, Jair Renan. Dizem os entrevistados que tudo aconteceu no tempo em que Jair Renan morava no apartamento do pai, localizado no Sudoeste – bairro nobre da capital federal. Nessa época, ele costumava ir ao Alvorada com frequência, entre outras razões, para “fazer supermercado” na ‘despensa oficial’.

Na mesma época, quando estava em casa, Jair Renan tinha o hábito de pedir a comida preparada na cozinha do Palácio, que era entregue pelos motoristas da Presidência em seus carros oficiais. Isso ocorria com frequência, até que um belo dia Michelle resolveu acabar com a mordomia.

Mas se engana o leitor que crê que a atitude da ex-primeira-dama teria a ver com o zelo para com o dinheiro público, afinal de contas, todos os brasileiros estavam pagando pelo “Ifood particular” de Jair Renan. Não é nada disso. O que realmente incomodou Michelle, fazendo-a suspender a “marmita do 04”- como a prática era conhecida – foi uma intriga palaciana espalhada pelos próprios funcionários, que envolvia uma antiga rivalidade da esposa de Jair Bolsonaro.

A fofoca dizia que Jair Renan havia passado a pedir comida não apenas para si, mas também para uma segunda pessoa. E pasmem! Essa segunda pessoa seria a sua mãe, Ana Cristina Valle, ex-mulher de Jair Bolsonaro. Inimiga declarada de Ana Cristina Valle, Michelle se revoltou com a notícia e determinou que as entregas fossem cortadas.

Depois do episódio, foi a vez de Michelle cortar as idas de Jair Renan à despensa do Alvorada. O 04 costumava ir ao local quando seu pai estava no Palácio. Mas um belo dia resolver ir desacompanhado. Ao tomar conhecimento da visita, Michelle dirigiu-se ao local e iniciou uma violenta discussão com Jair Renan, diante dos funcionários, recheada de ofensas. Jair Renan tentou avançar sobre a madrasta, a fim de agredi-la fisicamente, mas acabou contido por seguranças.

Outra história chocante revelada na matéria do Metrópoles é sobre um suposto episódio em que o ex-mandatário de extrema direita teria destruído a porta da adega do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República, com uma ‘voadora’.

Num determinado dia, Bolsonaro recebia um convidado ilustre no palácio e então quis presenteá-lo com uma garrafa de vinho. O agora ex-presidente teria ido à adega do local, que fica numa área próxima à cozinha do Alvorada, e ao chegar lá notou que a porta do espaço estava trancada. Os funcionários teriam dito a ele que a ordem para fechá-la era de sua esposa, Michelle, que não estava em casa, e que ninguém poderia acessar o compartimento, nem mesmo o marido. Bolsonaro teria sido tomado por um acesso de fúria e na base da ‘voadora’ (golpes com os pés) arrombou a porta, para então entrar no local e pegar o tal vinho fino para presentear o visitante daquela noite.

Segundo as fontes ouvidas pelo Metrópoles, a adega presidencial teria sido fechada por ordem de Michelle porque seu enteado 04, Jair Renan, andava circulando pelo palácio toda hora e ia até lá para pegar garrafas de bebidas alcoólicas e levá-las embora. Como a relação entre a ex-primeira-dama e os filhos de seu esposo de outros casamentos era caótica, a atitude trouxe ainda mais confusão para a família número 1 da República.

DOIDONA

Regina Duarte, atriz e ex-secretária de Cultura de Jair Bolsonaro (PL), parece querer superar seus limites de maldade. Desta vez ela decidiu ironizar a miséria que está vivendo o povo Yanomami. A indignação, no entanto, tem sido enorme nas redes sociais. No final de semana, ela publicou um desenho de uma criança indígena com a frase: “A infância desamparada dos Yanomamis, uma gente criada à base de mandioca, feijão, verduras e peixes.”

A atriz bolsonarista acabou levando uma saraivada de respostas.

A atriz Elisa Lucinda, por exemplo, escreveu: “Sua postagem é cruel. Onde será que foi morar a Regina amorosa que conhecíamos? Que postagem é essa?!”.

O ator Paulo Betti respondeu: “Regina sua atitude é inexplicável! Vc é mãe, avó! Respeite a inteligência de quem lê suas postagens e te seguem! Respeite o povo Yanomami!!!”.

Deputada eleita para Assembleia Legislativa do Rio, Marina do MST também criticou Regina: “Que show de covardia e desinformação!!!”

José de Abreu, que contracenou com Regina Duarte na novela “História de Amor”, também respondeu e lembrou seu histórico de embates com a colega. “Quando disse que você não valia nada, me criticaram.”

Astrid Fontenelle escreveu que “nem acreditou” quando leu o que Regina Duarte havia publicado. “Nem sigo mais. Muita decepção. Mas dessa vez a senhora ultrapassou todos os limites da sanidade e da moralidade. É imoral, cruel demais! Não se sensibilizar com a situação dessas crianças é porque a sua humanidade foi embora da sua alma”, disse.

CRIMINOSO

O jogador de vôlei bolsonarista Wallace Leandro, do Sada Cruzeiro, equipe de Belo Horizonte, usou seu Instagram para fazer uma enquete sobre cometer um atentado contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Por meio de um Story, feito em seu perfil, após postar fotos com uma arma em clube de tiro, o simpatizante do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi questionado em uma caixa de perguntas sobre se usaria uma escopeta para dar um “tiro na cara Lula”. Wallace, por sua vez, respondeu: “Alguém faria isso”, acompanhado de um emoji com rosto de um anjo sorridente. Apesar de ter apagado a publicação logo em seguida, o print começou a circular e repercutiu negativamente na internet. Confira:

 O Sada Cruzeiro anunciou o afastamento por tempo indeterminado do jogador. Em nota, repudiou: “… qualquer ato que possa significar incitação à violência e esclarece que NÃO COMPACTUA DE MANEIRA ALGUMA” com as recentes publicações do atleta nas redes sociais”. O clube ainda exige a “plena retratação e pedido público de desculpas” do jogador. “Permanecemos atentos aos desdobramentos legais deste lamentável episódio e novas medidas serão estudadas”, diz a nota.

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) decidiu suspender cautelarmente Wallace Leandro. Pela decisão do COB, o jogador não poderá sequer treinar com a seleção brasileira. Também foi proibido de participar de qualquer campeonato organizado por aquele comitê ou pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV).

CANA NELES

O empresário Lucimário Benedito Camargo, o Mário Furacão, presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Rio Verde, em Goiás, foi o primeiro preso no cumprimento de três mandados de prisão que estão sendo feitos pela Polícia Federal (PF) na manhã de sexta-feira (3).

A PF divulgou um canal para receber informações sobre a identificação de pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os atos: [email protected]

RACISMO E COVARDIA = BOLSONARISMO

Um bolsonarista chamou um músico negro de macaco, na avenida Angélica, em Higienópolis, no centro de São Paulo. Marcelo Martins da Silva, 48, foi agredido verbalmente pelo mesmo homem vestido de verde e amarelo que atacou duas mulheres no dia 6 de janeiro.

A DOIDA DA PISTOLA

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou um pedido do Ministério Público Federal (MPF) para que a deputada Carla Zambelli (PL-SP) seja investigada por porte ilegal de arma, em decorrência da perseguição armada contra um apoiador de Lula (PT) na véspera do segundo turno das eleições, em 2022. A parlamentar pode receber a pena de três meses a quatro anos de prisão.

DEU ERRADO

A candidatura de Rogério Marinho (PPL-RN) à presidência do Senado, apoiada por Bolsonaro, sua mulher e seus filhos, tinha o propósito de estancar as investigações contra o clan no STF. A vários dos seus eleitores, Marinho disse que não seria preciso abrir um processo de impeachment contra Alexandre de Moraes. Bastaria aprovar um decreto legislativo que entraria de imediato em vigor. Marinho foi derrotado por Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que se reelegeu presidente. Pacheco já disse que em sua gestão não haverá impeachment nem decreto contra ministro do Supremo.

FRASES DA SEMANA

“A lavagem cerebral transformou pessoas em zumbis, repetindo ideias absurdas, cantando o hino nacional para pneus, esperando que ETs viessem resolver o suposto problema da urna eletrônica. O que poderia ser uma comédia é uma tragédia.” (Alexandre de Moraes, ministro do STF)

“Se chegar no momento, estiver uma situação delicada e eu estiver com saúde…Porque só posso ser candidato se estiver com saúde perfeita. Saúde perfeita com 81 anos de idade, energia de 40 e tesão de 30. Aí posso [ser candidato].” (Lula, sobre uma eventual reeleição em 2026)

“Como dizia o poeta à sua amada: ‘eu te amo, eu te amo e eu te amo’.  Nós cidadãos, do Estado democrático de direito, precisamos dizer todos os dias: Democracia, eu te amo, eu te amo e eu te amo”. (Augusto Aras, Procurador-Geral da República, acobertador número 1 de Bolsonaro)

“Concluída com êxito a intervenção federal na Segurança do Distrito Federal decretada pelo presidente Lula em hora difícil. A história mostrará com muita nitidez o que foi o dia 08/01.” (Flávio Dino, ministro da Justiça e da Segurança Pública)

“O Brasil é um país de paz. O último contencioso foi a guerra do Paraguai. O Brasil não quer ter nenhuma participação, mesmo que indireta. Hoje tenho mais clareza da razão da guerra e acho que a Rússia cometeu o erro de invadir a Ucrânia. Portanto, a Rússia está errada.” (Lula)

[Segure o riso ou contenha a indignação] – “Nunca um governo dispensou tanta atenção aos indígenas como o de Bolsonaro”. (Bolsonaro. Sim, em tempo: ele disse também que não usou cartão corporativo nem para comprar picolé)

“Não era um acampamento comum, tinha toda uma estrutura, uma verdadeira minicidade golpista, terrorista, montada em frente ao QG do Exército”. (Ricardo Capelli, interventor na Segurança Pública do Distrito Federal, sobre a tentativa de golpe em 8 de janeiro)

“Qualquer militar ou civil, ninguém está acima da lei. Então, isso aí a gente faz com tranquilidade”. (Tomás Paiva, general e comandante do Exército)

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Victor Barone

Jornalista, professor, mestre em Comunicação pela UFMS.


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