Re-existir na diferença
Fascista recua, o povo tá na rua
Publicado em 14/10/2022 2:59 - Ricardo Moebus
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A primavera chegou a Belo Horizonte em outubro, no domingo passado, com a grande caminhada com Lula pela vitória no segundo turno.
Desta vez, diferente do comício no primeiro turno, que foi realizado na Praça da Estação, região popular da capital, o local escolhido foi o trecho entre a Praça da Liberdade até a Praça Tiradentes, região nobre da cidade, reduto de resistência ao candidato petista.
Mas um mar de gente invadiu as ruas na capital mineira, celebrando esta grande coalizão pelo resgate da democracia e da dignidade política brasileira. Diante das janelinhas com bandeiras do Brasil ou camisetas da seleção brasileira, simbologia indevidamente apropriada pela direita e ultradireita, o povo avançava e ecoava em alto e bom som: “fascista, recua! O povo tá na rua!”.
Esta marcha com Lula pela democracia avançou de forma avassaladora com uma multidão que representou certamente o maior evento público pós pandemia em Minas Gerais.
O ânimo e a alegria das pessoas estava estampada em todas as faces, com a certeza de que com milhões de votos à frente, esta nova redemocratização do Brasil, pondo fim ao golpe civil-jurídico-parlamentar iniciado em 2016, se avizinha.
O Presidente Lula, ao final da caminhada ainda encontrou no palanque seu velho amigo Chico de Buarque de Holanda, que coincidentemente estava em Belo Horizonte realizando sua atual turnê, se somando ao ato político.
Foi um encontro inesperado e Lula emocionado, celebrou esta forte amizade de tantas décadas com este artista maior, que tem se engajado nas campanhas de Lula desde as greves de 1979 e a fundação de um partido dos Trabalhadores em 1980.
Em seu discurso de encerramento da caminhada, aos pés da estátua de Tiradentes, Lula recordou aos mineiros a vocação histórica deste povo contra a tirania, contra o autoritarismo, em luta pela liberdade desde a inconfidência mineira.
Foi um momento auspicioso, um momento de celebração do direito e do dever de sonhar, de seguir sonhando, de mostrar que o Brasil do Sonho já venceu nas ruas, que o Brasil dos sonhos é maior que o Brasil do Pesadelo, por isso certamente vencerá nas urnas em 30 de outubro.
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Este texto me enche de alegria e esperança. Esse pesadelo que se arrasta desde 2016 vai passar.