18/05/2024 - Edição 540

Brasil

Tragédia no RS tem dois responsáveis: o negacionismo climático e a irresponsabilidade de Eduardo Leite

Após as enchentes de 2023, apenas três deputadas gaúchas endereçaram emendas de prevenção de desastres: bancada do agro ainda não se movimentou para mandar comida aos desabrigados

Publicado em 04/05/2024 10:02 - ICL Notícias, Agência Brasil, Igor Mello (ICL Notícias), Leonardo Sakamoto, Josias de Souza, Hygino Vasconcellos e Daniella Almeida (UOL) – Edição Semana On

Divulgação Reprodução

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O governador Eduardo Leite deu indícios de que utilizaria as redes sociais para, ao menos publicamente, explorar politicamente a tragédia que assola o Rio Grande do Sul. Com uma espécie de ofensiva contra o presidente Lula, Leite buscou não apenas transmitir um comportamento impetuoso, como também – e principalmente – uma postura combativa com relação ao presidente Lula. No entanto, a postura não foi bem recebida nas redes sociais.

Para além das críticas que condenaram o tom adotado pelo governador com relação ao presidente da república, em um momento em que não havia qualquer indício de inércia do poder federal, a ação de Leite cumpriu um outro papel: colocar Lula em evidência neste episódio. Com isso, Eduardo Leite – que até então era o alvo central das críticas pela condução do RS em meio à tragédia – passou a dividir com o presidente Lula a atenção não apenas da imprensa, mas também de bolsonaristas nas redes sociais. Aqui, se Eduardo Leite recebeu mais menções neste tema do que Lula até o dia 01/05, no dia 02/05 Lula recebeu 1.8x mais menções do que o governador no mesmo tema.

Entre os tweets citando o governador, 89% não apresentavam nenhum sinal de apoio e/ou elogio à condução da situação de calamidade que assola o Rio Grande do Sul. Lula, por sua vez, registrou um cenário mais equilibrado: 65% das publicações enalteciam a atuação do presidente e/ou faziam ponderações positivas com relação a sua atuação neste episódio.

Assim, Eduardo Leite até tentou mas não conseguiu dragar Lula para o cenário extremamente crítico que o governador enfrenta nas redes sociais. Sem apoio bolsonarista, com críticas oriundas do antibolsonarismo e ressalvas a postura impositiva adotada inicialmente nas redes, resta ao governador algo que pareceria óbvio desde o início: fazer seu trabalho fora das redes sociais.

Não vai ter limite orçamentário para ajudar o RS, diz ministro

O governo federal irá montar um escritório permanente em Porto Alegre para acompanhar as operações de socorro ao estado, que vive a maior tragédia de sua história por causa das fortes chuvas. Os ministros da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, e da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, irão neste sábado para a capital gaúcha.

Em entrevista à TV Brasil, o ministro Paulo Pimenta disse que o escritório funcionará até que todas pessoas sejam resgatadas. Centenas de famílias estão ilhadas em diversas áreas do estado com difícil acesso em razão do alto volume dos rios e o mau tempo e 68 pessoas estão desaparecidas. Mais de 8 mil pessoas já foram resgatadas.

O governo federal já disponibilizou embarcações para os resgates, caminhões, retroescavadeiras para desobstrução das vias. Antenas serão enviadas para o restabelecimento da comunicação e internet. O Ministério da Justiça autorizou a ida de 100 agentes da Força Nacional para apoiar as operações no estado.

“Não vai ter limite orçamentário para que a gente possa dar o apoio necessário para construir cada casa, cada estrada, cada ponte, cada escola, cada unidade de saúde, devolver a dignidade e as condições de trabalho e de segurança para nosso povo”, disse o ministro.

Só 3 deputadas gaúchas enviaram verba para prevenção de desastres

O impacto de três eventos climáticos extremos em 2023, que deixaram um saldo de 80 mortos e provocaram inundações em diversos municípios, não sensibilizou os parlamentares federais gaúchos a destinarem emendas para lidar com prevenção a desastres. O ICL Notícias localizou apenas quatro repasses, que totalizam R$ 2,5 milhões, em emendas individuais, de bancada ou de comissão para prevenção de desastres, defesa civil, ações de cunho ambiental ou de mitigação das mudanças climáticas no orçamento de 2024.

Os deputados federais e senadores do Rio Grande do Sul no Congresso destinaram quase R$ 1,6 bilhão em emendas individuais e de bancada para o estado em 2024, fazendo 408 aportes diferentes. Recursos que poderiam custear projetos para mitigar tragédias como as ocorridas nessa semana no estado por conta do volume de chuvas que provocou problemas em mais da metade dos 496 municípios gaúchos.

Só três deputadas enviaram recursos para lidar com a situação: Fernanda Melchionna (PSOL-RS) fez duas emendas, num total de R$ 1,7 milhão, para a elaboração de projetos de prevenção à erosão costeira e para gestão socioambiental. Maria do Rosário (PT-RS) e Reginete Bispo (PT-RS) disponibilizaram, respectivamente R$ 500 mil e R$ 300 mil para ações de educação ambiental. Os dados são do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento da União (Siop), sistema que registra a destinação das verbas federais.

A reportagem perguntou ao governo do Rio Grande do Sul quais emendas tinham sido destinadas para o estado com o objetivo de prevenir desastres, mas não obteve resposta.

Uma das justificativas usadas por deputados e senadores para defenderem o controle de fatias cada vez maiores do orçamento pelo Congresso é de que eles conhecem melhor os interesses dos eleitores de seus redutos eleitorais do que o governo federal. A tese tem como principal porta-voz o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Nesse montante de quase R$ 1,6 bilhão, o maior volume de repasses vai para transferências diretas às prefeituras e para a saúde –área que fica com 50% do total de recursos, segundo as regras orçamentárias. Contudo, também tiveram destaque obras de pavimentação de estradas –incluídas em rubricas vinculadas aos ministérios da Agricultura e da Integração Nacional.

Outros temas mais distantes da população também mereceram mais recursos que os desastres ambientais. Projetos de infraestrutura turística levaram R$ 8,9 milhões, enquanto a adequação de ativos de infraestrutura de quartéis das Forças Armadas mereceu R$ 4,79 milhões.

No caso das emendas de comissão e dos restos a pagar do orçamento secreto (as chamadas emendas do relator) ou das emendas RP2 distribuídas pelo governo Lula em 2023, não é possível ter informações precisas sobre os municípios e estados beneficiados. No entanto, a coluna não localizou nenhum repasse dessas fontes para lidar com a emergência climática no Rio Grande do Sul.

Mudança do clima precisa ser tema de eleição, não devaneios sobre comunismo

Políticos costumam agir somente diante dos estragos causados por desastres, como se tratassem de forma paliativa um paciente desenganado. Dessa forma, mortes por inundações, como as que vemos no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, ou nos costumeiros deslizamentos de terra no Rio de Janeiro e em São Paulo, foram se tornando parte do calendário anual do Brasil, como o carnaval ou o reveillón.

Muitos políticos até aproveitam para encarnar a imagem de heróis nas desgraças, ignorando que foram vilões da falta de ação no resto do tempo. Além disso, como a memória das pessoas seca até as eleições, prevenção e adaptação são palavras que somem do vocabulário de gestores quando a água baixa.

Por isso, quem deseja alcançar ou manter o poder deveria ser cobrado a dizer o que planeja para evitar desastres —que, por serem mitigáveis, são naturais apenas na condescendência midiática. Hoje, esse tipo de rubrica é uma das primeiras a perder recursos no orçamento quando é necessário atender a necessidades de aliados.

Mas parte dos candidatos não faz ideia do que dizer sobre mudanças climáticas. Evitam falar de medidas que podem soar impopulares com seus públicos — como a remover famílias de áreas de risco e dizer não ao comportamento predatório de setores da agricultura, do extrativismo vegetal, da indústria petrolífera, do setor imobiliário, que trabalham sob a lógica do “o clima mudou, mas ainda dá tempo”.

E, claro, há aqueles que defendem que mudanças climáticas não existem, espécie similar àquela que atesta que a Terra tem o formato de uma pizza.

Retirar a população de um local, com antecedência, e recoloca-la em outro, de forma decente e digna; melhorar uma comunidade para evitar inundações e deslizamentos; efetivar políticas de moradia que construam casas em locais fora de risco; atualizar o levantamento de áreas de risco e o desenvolvimento de protocolos de retirada; adotar sistemas de alertas decentes, emitidos dias antes são ações conhecidas que deveriam ser providenciadas pelos poderes municipal, estadual e federal.

Ao mesmo tempo, governos têm ignorado em seus planejamentos os estudos que mostram que a alteração do clima já afetou, de forma definitiva, nosso regime pluviométrico. Sim, não existe o “choveu mais que a média histórica” porque a média história não serve mais de comparação. E preferido jogar para a população o preço, econômico e social, dessa incompetência ao invés de reduzir de forma eficaz a emissão de gases de feito estufa, combater o desmatamento e nos preparar para o pior, porque o pior já está vindo.

Como, por exemplo, reforçando estruturas, como barragens, pontes e rodovias. Pois, para o novo clima, a impressão é que esse Brasil despreparado é feito de manteiga.

Eventos extremos como esses não apenas vão continuar acontecendo e matando nos próximos anos, como ficarão mais frequentes. Não significa que grandes tempestades não ocorreriam sem o aquecimento global, mas a frequência delas passa de séculos ou décadas para anos. Eventos que afetam a todos, mas tiram a vida principalmente dos mais pobres por viverem de forma mais precária, nos piores locais das encostas de morros ou nas várzeas e fundos de vale.

Ironicamente, os únicos planos que realmente avançaram nos últimos anos foram os de afrouxamento das leis ambientais pelas mãos de deputados e senadores no Congresso e de emparedamento do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, chefiado por Marina Silva. Sem contar, é claro, o grande projeto de enfraquecimento de instituições de fiscalização, monitoramento e controle, como o Ibama e o ICMBio, que pode ser visto no debate sobre a exploração de petróleo na marquem equatorial da Amazônia.

Todos os que se debruçam sobre o assunto, de cientistas a organizações da sociedade civil, passando por políticos racionais, técnicos do governo e diplomatas até agropecuaristas, industriais e investidores responsáveis sabem que esse tema já seria difícil com engajamento total de Congresso, Assembleias, câmaras municipais, governos federal, estaduais e distrital e municipais, além do Poder Judiciário e do Ministério Público. Na atual conjuntura, contudo, o prognóstico é sombrio.

Isso precisa ser tema central de toda eleição porque diz respeito à nossa sobrevivência.

Infelizmente, para uma parcela significativa do eleitorado, é irrelevante o fato de que, hoje, centenas de pessoas morrem anualmente, soterradas ou afogadas. Também não faz diferença se, amanhã, elas podem ser milhares — inclusive elas mesmas.

Importante mesmo é os candidatos prometerem lutar contra cavaleiros templários bancados por bilionários de esquerda contra a tentativa de implantação em nossos cérebros de chips 5G chineses através de vacinas a fim de ler nossos pensamentos como forma de ajudar professores comunistas que ensinam os alunos a se tornarem gays e lésbicas. Enfim, o importante é a luta contra fantasmas. A realidade que invade as casas e mata? Dane-se.

Pelo contrário, para muitos, a mudança do clima vai trazer o tão esperado fim do mundo. Desconfio, contudo, que haverá ranger de dente quando a massa de manobra descobrir que só os mais ricos vão herdar a Terra que sobrar.

País não resolve drama do clima, apenas sobrevive a ele. Ou morre

A exemplo do clima, o Brasil é um país marcado por extremos. Ou é cheio de problemas ou cheio de soluções. Como a extremidade da problemática raramente encontra a beirada da solucionática, o país nunca resolve a encrenca da emergência climática apenas sobrevive a ela. Ou morre, como acontece novamente nas inundações do Rio Grande do Sul.

Integrante do séquito que acompanhou Lula na visita ao drama gaúcho, Marina Silva propôs a adoção de um plano que permita ao Estado evoluir do problema para a solução nos municípios mais suscetíveis a desabamentos, enchentes e secas. As cidades foram mapeadas pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, o Cemaden. Hoje, o órgão monitora 1.038 minicípios. Há mais de um ano, quando o clima roncou no litoral paulista, a ministra disse basicamente a mesma coisa em entrevista ao UOL News.

O governo Lula discute o tema desde a fase da transição. Depois da posse, inaugurou-se um debate interministerial sobre um plano nacional de adaptação climática. Decorrido quase um ano e meio, a coisa ainda não foi à vitrine. Pior: muitas autoridades nem sabem que existe.

Na hora do desastre, não há o que fazer senão socorrer as vítimas. É a fase da mitigação dos danos. Passada a emergência, já ninguém se lembra de que é preciso acelerar a fase da adaptação. Como o país demora a se ajustar à nova normalidade climática, os desastres se sucedem. Duas vezes é coincidência, três é aviso, quatro é alarme, cinco é destino, infinitas vezes é inépcia.

Com 4 enchentes e 100 mortes em um ano, RS sofre com ocupação perto de rios

Em menos de um ano, mais de 100 pessoas morreram no Rio Grande do Sul, vítimas de grandes enchentes e eventos climáticos menores. Foram 81 mortes no ano passado, segundo o governo gaúcho, e mais de 30 neste ano.

Desastres naturais evidenciam enfraquecimento de políticas ambientais, diz especialista o climatologista e professor na UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) Francisco Eliseu Aquino. Ele entende que os governos —municipais, estadual e federal— fragilizaram na última década a preservação do meio ambiente ao diminuir áreas de preservação.

Isso favorece a ocupação de regiões ribeirinhas. Além disso, os pesquisadores afirmam que o sistema de alerta pode ser aprimorado.

Nos últimos anos, os desastres naturais têm ocorrido em intervalos menores; só em 2023, foram registradas três grandes enchentes. O fenômeno ocorreu em junho, setembro e novembro —uma diferença de até três meses entre um e outro. Passados cerca de seis meses das últimas inundações, o estado volta a registrar uma grande enchente.

É preciso planejamento urbano e territorial, diz o professor. “O atual cenário de mudança do clima já é sabido por nós, cientistas. Em 2040 e 2050, seguirá mais intenso do que nós vemos hoje”, diz Aquino.

Alternativa seria realocar moradores de bairros mais atingidos para outras áreas dos municípios. “É o indicado. Sair das áreas de inundação é uma necessidade não só no Brasil, como no mundo”, diz o professor Aquino.

Em alguns casos, seria preciso deslocar a cidade inteira, o que é inviável financeiramente, argumenta Jaime Federici Gomes, professor de engenharia civil na Escola Politécnica da PUCRS.

População deve ser avisada —o que aconteceu— e abrigada em locais seguros, afirma Gomes. “Isso deve ser feito em conjunto com a Defesa Civil, para procurar áreas seguras para realocação da população no momento em que o problema começa a ocorrer”, diz.

Sistema de alertas de enchentes é bom, mas pode ser aprimorado, afirmam especialistas. Aquino diz que hoje cerca de 60% dos países não possuem sistemas de alerta. “É uma prioridade internacional”. Já Gomes entende que os sistemas de alerta precisam ser bem pensados para evitar a ocorrência de alarmes falsos. “Às vezes, as pessoas saem e não acontece nada. Aí quando têm que sair, acabam não saindo”, diz o professor.

Desastres naturais dessa magnitude são difíceis de se prever. “São eventos muito excepcionais, os últimos que ocorreram são de grande magnitude e rara ocorrência”, diz Gomes. Uma ponte, por exemplo, tem probabilidade anual de vir a ruir de 1%, ou seja, uma a cada 100. Já o rompimento de uma barragem tem uma probabilidade de ocorrer na ordem de 1 evento a cada 10 mil anos, segundo o professor. No caso da enchente deste ano, as duas situações aconteceram.

Os desastres pelas chuvas no RS

Enchente de agora supera a registrada em 1941. Na época, mais de 200 pessoas morreram, conforme a Brigada Militar. Só em Porto Alegre, choveu 791 milímetros, e um quarto dos 272 mil habitantes da capital na época ficaram desabrigados. Não havia ainda o Muro da Mauá —parte do sistema de contenção de cheias—, que só foi construído entre 1971 e 1974. Na enchente de 1941, o rio Taquari atingiu 29,9 metros.

Rio tem maior nível em mais de 80 anos. Uma das regiões mais atingidas agora é o Vale do Taquari —a pouco mais de 100 km de Porto Alegre. Por lá, o nível do rio Taquari chegou a 33 metros às 12h30 de ontem, em Estrela. A cota de inundação ocorre a partir dos 19 metros, já a de alerta é de 17 metros, segundo o SGB (Serviço Geológico do Brasil).

Só em setembro do ano passado, 54 pessoas morreram no estado por causa de enchentes. Inúmeras casas foram destruídas e levadas com a força da água, e cidades ficaram submersas. Na época, o nível do Taquari atingiu 29,53 metros —o mais alto até agora.

Em novembro de 2023, ao menos oito pessoas morreram em razão de fortes chuvas. Na época, o rio Taquari atingiu a marca de 28,94 metros. Em Porto Alegre, a água tomou conta de algumas ruas após uma comporta vazar —a cidade tem um sistema de contenção para cheias.

Saiba como doar para vítimas de chuvas no Rio Grande do Sul

O governo do Rio Grande do Sul reativou a chave Pix para doações em dinheiro para ajudar as vítimas de enchentes no estado. A conta bancária nomeada como SOS Rio Grande do Sul, aberta no Banrisul, receberá os valores pelo Pix do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) número 92.958.800/0001-38. A chave é a mesma usada no auxílio às vítimas dos temporais ocorridos no ano passado. As contribuições em dinheiro podem ser feitas por pessoas físicas e jurídicas.

Nesse canal oficial de doações, os recursos serão revertidos para o apoio humanitário às vítimas das enchentes e para a reconstrução da infraestrutura das cidades. A gestão e fiscalização dos recursos doados ficarão a cargo de um Comitê Gestor, presidido pela Secretaria da Casa Civil do estado e auditado por representantes do poder público local e de entidades de assistência social.

Dados para doação:

Conta SOS Rio Grande do Sul

Chave Pix – CNPJ 92958800/000138

Banrisul

Doações

Em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, a Defesa Civil municipal estabeleceu locais para receber doações de pessoas interessadas em ajudar as vítimas da chuva. Entre os itens apontados pela instituição como mais necessários, neste momento, estão colchões e roupa de cama de tamanho solteiro, roupas e calçados infantis, produtos de higiene e limpeza como sabonete, escova e pasta de dente, papel higiênico, shampoo, toalhas de banho, e água e copos descartáveis. Para os animais de estimação, como cães e gatos, podem ser recebidos casinha para os animais, cama, coleira, guia, gradil e ração.

Os locais que recebem doações podem ser acessados no site da prefeitura. As doações serão encaminhadas ao depósito da Defesa Civil Municipal, na rua La Plata, 693, que funciona 24 horas. A distribuição dos donativos será realizada pela instituição.

Prefeituras

A prefeitura de São José também realiza uma campanha de doações para as vítimas das chuvas no estado. O ponto de coleta é na sede do Procon, na Avenida Acioni Souza Filho, 2114, na Beira-Mar de São José. Os itens mais solicitados são água potável, alimentos não perecíveis, produtos de higiene pessoal, produtos de limpeza e roupas de cama.

Já a prefeitura de Santa Cruz do Sul tem cadastrado voluntários para atuar no atendimento às vítimas da enchente que também assola o município. As inscrições podem ser feitas no site da prefeitura.

A prefeitura de Taquara pede que os itens doados sejam entregues na Secretaria de Desenvolvimento Social, Trabalho e Cidadania, na Rua Guilherme Lahm, 947, centro, onde uma equipe faz a triagem. Também é possível doar via Pix, pela chave com número de celular 51996654645, em nome de Rotary Club de Taquara, que fará a compra dos materiais necessários para os atingidos pelas chuvas.

Times de futebol

Os principais times gaúchos de futebol – Internacional, Grêmio e Juventude – também pedem ajuda às vítimas das chuvas no estado. Em função do mau tempo, o Grêmio suspendeu a coleta de doações nos postos abertos para evitar deslocamentos em áreas de risco. No lugar dos donativos físicos, o clube pede doações somente pelo Pix do Instituto Geração Tricolor, organização sem fins lucrativos da agremiação. A chave é o CNPJ 129859670001-59.

O Internacional está recebendo as doações no Estádio Beira-Rio e no Ginásio de Esportes Gigantinho, das 8h às 18h.

Em Caxias do Sul, o Esporte Clube Juventude escolheu o Estádio Alfredo Jaconi e o centro de treinamento do clube como pontos de arrecadação de agasalhos, água mineral, itens de higiene pessoal, limpeza e alimentos não perecíveis.

Atletas dos clubes ajudaram a distribuir alimentos e produtos de higiene pessoal aos atingidos pelos temporais.


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