O abuso bolsonarista nas eleições

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Em qualquer tentativa de reeleição no Brasil ouve-se falar de alguma benesse, alguma obra extra, ou algum tipo de uso duvidoso do dinheiro público com fins eleitoreiros.

Mas NADA na história republicana moderna se compara à blitz de compra de votos que promove hoje o bolsonarismo. É ao arrepio de qualquer lei, demonstra zero preocupação com a sustentabilidade dos benefícios (que serão retirados depois da eleição), privilegia categorias que votam no minúsculo, manipula para as vésperas do pleito a data de cessão do auxílio, e despeja e despeja grana com data fixa pra acabar.

Configura, nas palavras de um amigo, um presidente lançando dinheiro do helicóptero para tentar vencer a eleição. É o uso mais corrupto da máquina pública que já vimos.

A CARTA

Segue abaixo, em cinco prints, para facilitar a circulação no Facebook e no zap, a íntegra da carta de Lula à população evangélica. Hoje em dia, no Brasil, quase todo mundo tem parentes ou amigos evangélicos. E, como sabemos, anda pesada a circulação de mentiras em boa parte das igrejas.

Eu teria feito uma carta um pouco diferente, mais curta e com menos orações negativas. Mas isso não importa. O que importa é que qualquer brasileiro de mais de 30 anos de idade que fizer um exercício de memória minimamente honesto reconhecerá que o que Lula diz aqui sobre a relação de seu governo com as igrejas e com o povo de fé é verdadeiro.

Estou com Fernando Henrique Cardoso e com Marina Silva: aqui, como em todas as outras áreas, há uma profunda diferença entre os candidatos. Lula é um teísta genuíno, um homem de fé, sempre foi, mas que ao governar nunca mexeu nenhum dos nove dedos contra a liberdade religiosa de ninguém, inclusive a nossa, a dos ateus. Bolsonaro não é nem homem de fé nem ateu, ele é apenas um pilantra e mentiroso que quer tirar proveito da fé alheia, como os vendilhões do templo que o Nazareno chicoteou.

Vale circular a carta de Lula aos evangélicos, no FB e no zap.

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