20/05/2024 - Edição 540

Ágora Digital

Fascistas, nós?

O jornalista Victor Barone fala dos empresários Bolsonaristas que revelam sua truculência em grupinhos de whatsapp

Publicado em 19/08/2022 3:11 - Victor Barone

Divulgação

Clique aqui e contribua para um jornalismo livre e financiado pelos seus próprios leitores.

Uma reportagem publicada pelo site Metrópoles divulgou mensagens compartilhadas por empresários bolsonaristas em um grupo de WhatsApp defendendo um golpe de Estado caso Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja eleito no pleito de outubro de 2022. De acordo com Guilherme Amado, colunista do site que publicou a notícia, as declarações foram escritas no grupo chamado Empresários & Política, criado em 2021.

Além de ameaçar um golpe, os empresários atacam frequentemente instituições brasileiras como o STF (Supremo Tribunal Federal), o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e opositores da gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Entre os nomes do grupo estão Luciano Hang, dono da Havan; Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu; José Isaac Peres, dono da administradora de shoppings Multiplan; José Koury, dono do Barra World Shopping, no Rio de Janeiro; Ivan Wrobel, da construtora W3 Engenharia; e Marco Aurélio Raymundo, o Morongo, dono da marca Mormaii.

A reportagem mostrou que José Koury, dono do shopping Barra World, no Rio de Janeiro, declarou preferir uma “ruptura” do que o retorno de petistas ao Palácio do Planalto. Segundo o empresário, se o Brasil voltasse a ser governado por uma ditadura militar, o país seguiria recebendo investimentos externos Prefiro golpe do que a volta do PT. Um milhão de vezes. E com certeza ninguém vai deixar de fazer negócios com o Brasil. Como fazem com várias ditaduras pelo mundo.”

A mensagem de Koury foi uma resposta à discussão iniciada pela postagem de Ivan Wrobel, dono da W3 Engenharia, construtora de imóveis de alto padrão, atuante na zona sul do Rio de Janeiro. Na sequência, Marco Aurélio Raymundo, conhecido como Morongo, que é médico e dono da empresa de roupas e itens de surfe Mormaii, respondeu às mensagens de Koury: “Golpe foi soltar o presidiário. Golpe é o ‘supremo’ agir fora da constituição. Golpe é a velha mídia só falar merd*”.

Afrânio Barreira, dono do Grupo Coco Bambu, defensor do presidente Bolsonaro publicamente, comentou a mensagem de Koury com uma figurinha de um homem dando “joinha”. No mesmo dia, o empresário André Tissot, do Grupo Sierra, empresa que fabrica móveis de luxo, declarou: “O golpe teria que ter acontecido nos primeiros dias de governo. [Em] 2019 teríamos ganhado outros 10 anos a mais”.

Em 17 de maio, Morongo, tido como um dos mais extremistas do grupo, segundo o site, sugeriu ações extremistas para defender o presidente e citou a Revolução Francesa e a Guerra Civil dos Estados Unidos. “Se for vencedor o lado que defendemos, o sangue das vítimas se tornam [sic] sangue de heróis! A espécie humana SEMPRE foi muito violenta. Os ‘bonzinhos’ sempre foram dominados? É uma utopia pensar que sempre as coisas se resolvem ‘na boa’. Queremos todos a paz, a harmonia e mãos dadas num mesmo objetivo? masssss [sic] quando o mínimo das regras que nos foram impostas são chutadas para escanteio, aí passa a valer sem a mediação de um juiz. Uma pena, mas somente o tempo nos dirá se voltamos a jogar o jogo justo ou [se] vai valer pontapé no saco e dedo no olho.”

Em 31 de maio, Morongo mudou um pouco o discurso após Koury sugerir o pagamento de um “bônus” para funcionários que votassem seguindo os seus interesses. “Alguém aqui no grupo deu uma ótima ideia, mas temos que ver se não é proibido. Dar um bônus em dinheiro ou um prêmio legal pra todos os funcionários das nossas empresas”, disse José Koury, dono do shopping Barra World. Morongo respondeu: “Acho que seria compra de votos? complicado“.

ATAQUES AO STF, ÀS URNAS E A ALEXANDRE DE MORAES

Sem provas, os empresários atacam as urnas e o sistema de votação eletrônico. O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o ministro Alexandre de Moraes, também é alvo constante dos ataques no grupo. Meyer Nigri, fundador da Tecnisa e empreiteiro, encaminhou uma mensagem em oito de agosto com ataques à Suprema Corte. O texto, que não foi escrito por ele, tinha a chamada de “leitura obrigatória” e iniciava a mensagem com a frase: “O STF será o responsável por uma guerra civil no Brasil”.

O empresário José Isaac Peres, acionista majoritário da Multiplan, administradora de diversos shoppings no Brasil, criticou as pesquisas eleitorais e as classificou como “manipuladas”. “O TSE é uma costela do Supremo, que tem 10 ministros petistas. Bolsonaro ganha nos votos, mas pode perder nas urnas. Até agora, milhões de votos anulados nas últimas eleições correm em segredo de Justiça. Não houve explicação.”

Um texto encaminhado por Meyer Nigri ao grupo no dia 21 de julho divulgou apoio a uma “contagem paralela” de votos nas eleições feita por uma comissão externa. Outra mensagem compartilhada pelo fundador da Tecnisa, em 26 de junho, acusava o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, de “interferir” no pleito deste ano ao “mentir” sobre o voto impresso, pauta já derrotada pelo Congresso Nacional em 2021.

Desde que as urnas eletrônicas foram implementadas — parcialmente em 1996 e 1998, e integralmente a partir de 2000 — nunca houve comprovação de fraude nas eleições brasileiras, mesmo quando os resultados foram contestados. A segurança da votação é constatada pelo TSE, pelo MPE e por estudos independentes.

Em outro momento do grupo, Luciano Hang, dono das redes Havan e apoiador de Bolsonaro, declarou que após a reeleição do presidente no pleito deste ano, o ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas (Republicanos), que disputa hoje o governo de São Paulo, deveria ser eleito ao Planalto em 2026 e ser reeleito posteriormente. “Aí não terá mais espaço para os vagabundos“, acrescentou.

TODOS SANTOS

À reportagem do Metrópoles, José Koury declarou inicialmente não apoiar um golpe, mas voltou a afirmar que “talvez preferiria” a ruptura ao retorno do PT. “Vivemos numa democracia e posso manifestar minha opinião com toda liberdade. Não disse que defendo um golpe de Estado, e sim que talvez preferiria isso a uma volta do PT. Para mim, a volta do PT será um retrocesso enorme para a economia do país”, completou.

Já Morongo, dono da Mormaii, disse que não vai apoiar atos “ilegítimos, ilegais ou violentos”. “Sem acesso ao conteúdo ou à matéria que referes, informo que não apoiei, não apoio e não apoiarei qualquer ato ilegítimo, ilegal ou violento, e destaco que uso de figuras de linguagem que não representam a conotação sugerida.”

Meyer Nigri, da Tecnisa, comentou que mesmo tendo “repassado algum WhatsApp” que recebeu “não significa que eu falei ou concorde. “Já estou deixando claro que não afirmei nada disso. Só repassei um WhatsApp que recebi”, alegou.

Apesar de ter enviado uma figurinha de “joinha” na mensagem de Koury sobre preferir um golpe, Afrânio Barreira, do Coco Bambu, afirmou nunca ter se manifestado a favor de condutas não democráticas. “Nunca me manifestei a favor de qualquer conduta que não seja institucional e democrática. Fico surpreso com a alegação de que eu seria um apoiador de qualquer tipo de rompimento com o processo democrático, pois isso não corresponde com o meu pensamento e posicionamento”, respondeu ao Metrópoles.

A assessoria de imprensa do grupo Multiplan explicou que o empresário José Isaac Péres está viajando e a assessoria responderia sobre o caso. “Ele [Peres] esclarece que sempre teve compromisso com a democracia, com a liberdade e com o desenvolvimento do país. Neste momento, ele está tratando de projeto empresarial no Rio Grande do Sul, onde a estimativa é de gerar investimentos de bilhões de reais e milhares de empregos.”

A comunicação do Grupo Sierra disse que empresário André Tissot viaja e não poderia responder a tempo da publicação da matéria.

Ao ser questionado, Luciano Hang respondeu ao UOL: “Vejo que meu nome vende jornal e gera cliques. Me envolvem em toda polêmica possível, mesmo eu não tendo nada a ver com a história. Em momento nenhum falei sobre os Poderes. Inclusive, quase nunca me manifesto nesse grupo. Sou pela democracia, liberdade, ordem e progresso”.

Já os empresários Carlos Molina, Ivan Wroble, e Vitor Odisio não responderam ao contato da matéria da Metrópoles.

PAU NELES

A Coalizão em Defesa do Sistema Eleitoral, que reúne 200 entidades e representantes da sociedade civil, protocolou, na quinta-feira (18), uma notícia-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) contra os empresários bolsonaristas que passaram a defender um golpe de Estado caso o ex-presidente Lula (PT) seja vitorioso nas eleições presidenciais deste ano.

“No material divulgado há elementos indiciários a demonstrar uma possível organização de empresários, que trama desestabilizar as instituições democráticas, defendendo a necessidade de exclusão dos Poderes Legislativo e Judiciário, atacando seus integrantes, especialmente e pregando a própria desnecessidade de tais instituições estruturais da Democracia brasileira, falando em golpe com todas as letras”, afirma o documento.

A CARA DE BUNDA DO PRESIDENTE

A cerimônia de posse de Alexandre de Moraes como novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na noite de terça-feira (16), foi marcada por um forte discurso do ministro em defesa do sistema eleitoral brasileiro, o que impôs constrangimento ao presidente Jair Bolsonaro (PL).  É de conhecimento público que o titular do Palácio do Planalto faz recorrentes ataques à credibilidade das urnas eletrônicas como forma de criar uma narrativa golpista para o caso de ser derrotado nas eleições. O fato do presidente ter ido à cerimônia, porém, gerou especulações de que ele mudaria o tom.

Em dado momento, Moraes foi efusivamente aplaudido pelo público presente, composto por inúmeras autoridades e parlamentares, ao enaltecer a segurança do sistema eleitoral brasileiro, e o único que não aplaudiu foi justamente Bolsonaro. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram que o presidente não conseguiu esconder seu constrangimento diante do apoio massivo às urnas. “Nós somos a única democracia do mundo que apura e divulga os resultados eleitorais no mesmo dia, com agilidade, segurança, competência e transparência. Isso é motivo de orgulho nacional”, declarou o novo presidente do TSE pouco antes da salva de palmas. Neste momento, uma câmera captou a reação apática de Bolsonaro.  A expressão de Bolsonaro diante dos aplausos a Moraes chamou tanta atenção que o vídeo do momento ganhou inúmeras versões humorísticas nas redes sociais.

O Tribunal Superior Eleitoral virou, por um par de horas, uma espécie de centro terapêutico. A posse de Alexandre de Moraes foi uma sessão de terapia para tratar Bolsonaro de suas loucuras. A composição da plateia envolveu a cerimônia numa atmosfera de psicanálise de grupo, na qual o capitão foi o paciente e o establishment foi seu terapeuta. Ao final, ficou entendido que, se Bolsonaro é maníaco, Moraes recebeu o aval da República para deixá-lo depressivo. O plenário do TSE, com seu carpete e suas poltronas vermelhas, parecia um divã comunista. Acomodado na mesa de autoridades, Bolsonaro tinha à sua frente, na primeira fila, Lula. À sua esquerda, revezaram-se Edson Fachin, o “leninista”, e Alexandre de Moraes, o “canalha” que o sucedeu na chefia do tribunal. O cenho crispado denunciava o desconforto de Bolsonaro. Sem direito a microfone, ouviu o discurso de Moraes com os lábios cerrados e os olhos vidrados.

Transmitida ao vivo para todo país, a terapia de Bolsonaro foi testemunhada in loco pela fina flor dos três Poderes, quatro ex-presidentes da República, 22 governadores, uma dezena de prefeitos e 45 embaixadores de países estrangeiros. Foi como se o Brasil e o mundo repudiassem as ameaças à democracia, avalizando futuras providências de Moraes. Horas antes, discursando em Juiz de Fora, Bolsonaro convocara seus devotos para o show pirotécnico que realizará na orla de Copacabana em pleno 7 de Setembro. Freud não explica. É como se o presidente informasse ao eleitorado que não quer sair do Planalto. Ele deseja receber alta.

Por Josias de Souza

DIREITOS HUMANOS

Diante das violações de direitos humanos no Brasil e da incapacidade das instituições de darem uma resposta, os últimos três anos foram marcados por uma explosão de recursos internacionais contra o governo brasileiro. Ações na ONU, em tribunais internacionais ou na Comissão Interamericana de Direitos Humanos se multiplicaram, na esperança por parte da sociedade civil de que a pressão estrangeira possa criar um constrangimento sobre as autoridades nacionais e preencher o vácuo deixado pela Justiça local. Numa recente reunião entre entidades de direitos humanos e o governo brasileiro, um dos diplomatas responsáveis pelo departamento que lida com esses temas admitiu que o incremento de casos sendo tratados sobre o país é importante.

PRECONCEITO

Uma das principais bandeiras do governo de Jair Bolsonaro no mundo FOI rasgada pela primeira-dama e seus apoiadores. Ao compartilhar em suas redes sociais um vídeo com ataques contra religiões de matriz africana, Michelle Bolsonaro escancarou a mentira que é a política externa de seu marido que passou os últimos três anos defendendo a “liberdade religiosa” nos órgãos internacionais. Nesta semana, a primeira-dama compartilhou no story do Instagram um vídeo no qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece numa cerimônia com lideranças de religiões de matriz africanas. Em sua publicação, ela escreveu: “Isso pode, né. Falar de deus, não”. O problema é que publicação original ainda tinha mensagens de cunho discriminatório feito por aliados de Bolsonaro contra essas práticas religiosas e as associavam às trevas. “Lula já entregou sua alma para vencer essa eleição”, afirmava o texto original. A questão é que tal atitude desmascara a estratégia do governo que, ao longo dos últimos anos, insistia que seu objetivo era defender a liberdade de culto de todos os movimentos.

Desde os primeiros dias de seu governo, Bolsonaro sequestrou o Itamaraty para atender a um grupo específico de brasileiros: os ultraconservadores. Usando a rede de embaixadas pelo mundo e com Damares Alves e Ernesto Araújo como comandantes, o Executivo se lançou em uma ofensiva para fortalecer uma rede mundial reacionária. Para dar uma justificativa à iniciativa, a estratégia foi a de transformar a ofensiva em um ato “em defesa da liberdade de religião”. Nos meses que se seguiram, o Brasil passou a ser um dos principais arautos das alianças criadas entre países e que defendiam a liberdade de culto pelo mundo.

Nesses eventos, porém, o governo não mencionava os ataques constantes que casas de reza e terreiros eram vítimas no Brasil. Araújo, por exemplo, afirmou num desses encontros em novembro de 2020 que “nenhuma fé está a salvo da intolerância e da perseguição, e os cristãos estão entre suas principais vítimas”. “Infelizmente, temos visto episódios contínuos de ódio e violência contra os cristãos em todos os hemisférios e continentes”, disse. A pauta religiosa dialogava com outros interesses. O principal deles: rever o arcabouço de direitos humanos no mundo e frear reivindicações do movimento gay e de mulheres. Assim, questões como educação sexual, direitos reprodutivos e mesmo o termo gênero eram combatidos pelos diplomatas.

Ao atacar as religiões de matriz africana, a máscara caiu. Os bolsonaristas, na busca por votos, trazem provas de que o objetivo internacional jamais foi o de defender todas as práticas religiosas. Mostram que tudo não passava de um sequestro de conceitos para, no fundo, promover uma agenda racista, xenófoba e que viola a própria Constituição do país. Ao atacar as religiões de matriz africana, a base bolsonarista expõe ao ridículo a diplomacia nacional e aprofundam a falta de credibilidade do país no mundo. Uma vez mais.

Por Jamil Chade

CASCUDO

Cascudo é uma pancada dada na cabeça com os nós dos dedos. Quando menino, levei alguns aplicados pela tia Iracema, que se socorria deles para pôr um pouco de ordem entre seus 13 filhos. Em entrevista ao canal do Youtube Cara a Tapa, Bolsonaro citou “cascudo, tapa ou afogamento” como “coisas erradas” que aconteceram durante os 21 anos da ditadura militar de 64. Ignorou torturas, mortes e desaparecimentos. Verdade que o afogamento era uma técnica de tortura que consistia em mergulhar um preso num tonel de água até que ele se dispusesse a falar.

ELAS ESTÃO DESCONTROLADAS

O presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou tomar o celular de um youtuber que estava no cercadinho do Palácio da Alvorada, nesta quinta-feira (18). Crítico das ações do presidente, Wilker Leão chamou Bolsonaro de “covarde”, “safado” e de “tchutchuca do Centrão”. Wilker estava misturado aos apoiadores do presidente, que o aguardavam na saída do Alvorada. O youtuber é conhecido por fazer provocações tanto a bolsonaristas quanto a esquerdistas.

O youtuber alega que foi empurrado por seguranças do presidente e intensifica os xingamentos contra Bolsonaro, que, naquele momento, já havia entrado no carro oficial. O presidente desce do veículo e segura o homem pela gola da blusa e pelo braço, na tentativa de tirar o celular da mão dele. Bolsonaro diz, ainda, que quer falar com Wilker, que se desvencilha do presidente e dos seguranças. Segundo relatos, depois do episódio, Bolsonaro conversou rapidamente com o manifestante.

TOMA, BESTA

O empresário Luciano Hang, que também é conhecido como o ‘Véio da Havan”, fez uma postagem em suas redes onde debocha do fato de, durante uma entrevista, o deputado federal e ex-candidato à presidência André Janones (Avante!-MG) não saber responder quem é o presidente da Argentina.  Em sua publicação, o dono da Havan debocha e classifica a postura de Janones como “vergonhosa”. “Vergonha alheia. Deputado Federal André Janones agora amigo do Lula e ex candidato a presidente da República do Brasil”, diz Luciano Hang.

FRASES DA SEMANA

“Amanhã, estarei lá. E depois. A forma como [Bolsonaro] se aproximou para tentar tomar o meu celular foi errada. Aí, ele viu que não conseguia e ordenou que os seguranças pegassem. No final foi positivo por tentar conversar como deveria”. (Wilker Leão de Sá, 26 anos, youtuber)

“Prefiro golpe do que a volta do PT. Um milhão de vezes. E com certeza ninguém vai deixar de fazer negócios com o Brasil. Como fazem com várias ditaduras pelo mundo”. (José Koury, dono do shopping Barra World, no Rio, em conversas no grupo WhatsApp Empresários & Política)

“A intervenção da Justiça Eleitoral será célere, firme e implacável no sentido de coibir práticas abusivas ou divulgação de notícias falsas e fraudulentas. Principalmente aquelas escondidas no covarde anonimato das redes sociais.” (Alexandre de Moraes, novo presidente do TSE)

“Estamos a 48 dias das eleições mais importantes deste país. É engraçado porque você liga a televisão, liga o rádio e só se fala em eleição. Você lê jornal, só tem coisa de eleição e eu não posso falar de eleição. É o fim da picada.” (Lula, que a partir de hoje poderá falar)

“Seria inaceitável que os Estados Unidos reconhecessem e trabalhassem com um governo que perdeu a eleição. Seria um desastre para os brasileiros e enviaria uma mensagem desastrosa para o mundo inteiro sobre a força da democracia”. (Bernie Sanders, senador do Partido Democrata)

“[Bolsonaro] está apavorado. Se ele quisesse que o Auxílio Brasil não acabasse, não teria feito só até dezembro. Enquanto não acabar com a fome, não tem como acabar com o Auxílio Emergencial. Não tem explicação para ver mulher num açougue pegando osso.” (Lula)

“[O Brasil] encontra-se na 96ª posição do ranking de corrupção, com piora na situação ao longo dos anos e necessidade de mais regras e ferramentas para combate à corrupção”. (Trecho do programa de Tarcísio de Freitas, candidato de Bolsonaro ao governo de São Paulo)

Leia outros artigos da coluna: Ágora Digital

Victor Barone

Jornalista, professor, mestre em Comunicação pela UFMS.


Voltar


Comente sobre essa publicação...

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *