19/05/2024 - Edição 540

Ponte Aérea

Ciro, certinho

Raphael Tsavkko Garcia fala do que apenas os identitários não enxergam

Publicado em 07/09/2022 12:28 - Raphael Tsavkko Garcia

Divulgação

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Ciro subindo no meu conceito. Aliás, ele disse EXATAMENTE o que eu venho falando há anos sobre o PT e que vejo como problema central na constituição chilena.

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Aliás, logo menos sai texto meu como capítulo de livro, organizado pelo Antonio Riserio, em que explico exatamente como o PT trouxe/insturmentalizou essa baboseira identitária americana pro Brasil como forma de neutralizar a esquerda e manter o controle sobre movimentos sociais (hiperfragmentados).

E a leitura que ele faz da constituição chilena é também a minha.

No Chile tentaram criar quase um Estado Paralelo indígena (indo bem além da necessária autonomia) e encheram de linguajar identitário metendo pautas de gênero por todas as partes e inclusive propondo uma ridícula paridade que, na prática, permitiria 100% de mulheres, mas nunca mais de 50% de homens.

Enfim, não tinha como passar. E a população que não é idiota, rechaça em sua maioria pautas radicais identitárias – mas apenas os identitários não enxergam, afinal eles tem amplo controle sobre a mídia e o entretenimento e se fecham numa bolha self-entitled completamente deslocados da realidade.

Disse o Ciro:

“Há três anos o povo foi em massa às ruas [do Chile] pedindo uma nova Constituição contra o legado de Pinochet. Aí fizeram a Constituição cheia de peculiaridades identitárias, uma série de baboseiras desse esquerdismo que vem dos Estados Unidos para substituir a falta de compromisso popular verdadeiro das esquerdas, tipo o PT no Brasil, aí o povo não quer essa Constituição em dois terços”, declarou.

Ciro Gomes também disse que o PT implantou no Brasil esse “esquerdismo à moda americana”, sem defesa do socialismo, e pega essas pautas identitárias, que “hiperfragmentam os interesses da sociedade”, como questões referentes aos direitos dos negros e das mulheres, e às pautas ambientais, “como se fossem assuntos separados”.

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Raphael Tsavkko Garcia


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