05/05/2024 - Edição 540

Campo Grande

Higiene, máscara e vacina: saiba como evitar o contágio das síndromes gripais que se espalham pela capital

MS já tem 6,5 mil casos de dengue confirmados neste ano

Publicado em 25/04/2024 9:36 - Semana On

Divulgação Ricardo Wolffenbuttel/Governo de SC/Agência Brasil

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Os prontos-socorros de Campo Grande, tanto pediátricos quanto para adultos, enfrentam uma superlotação crítica, reflexo de um surto abrangente de síndromes gripais, afetando tanto instituições públicas quanto privadas. Este quadro preocupante surge em um momento que antecede os meses mais frios do ano, tradicionalmente associados a um aumento nos casos de doenças respiratórias.

Diversos fatores contribuem para este cenário caótico na capital sul-mato-grossense, incluindo hábitos como o fechamento de janelas em dias mais frescos, o que propicia uma maior concentração de vírus em ambientes fechados, além de uma cobertura vacinal contra influenza notoriamente baixa, com apenas 14% do público-alvo vacinado.

A situação nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) é tão grave que chegou a ser cogitada a suspensão das aulas na rede municipal como estratégia para conter a disseminação do vírus. Contudo, especialistas argumentam que, após mais de três anos enfrentando uma pandemia, medidas mais eficazes poderiam ser adotadas, como aprimorar a etiqueta respiratória.

Profissionais de saúde defendem que o uso de máscaras, higienização e vacinação são essenciais para conter a proliferação de viroses. É vital manter medidas preventivas, além de manter os ambientes arejados e praticar a lavagem frequente das mãos para reduzir o risco de contágio. É importante também buscar atendimento médico em casos de sintomas preocupantes, como febre e tosse produtiva.

Em relação à vacinação contra influenza, a campanha atual oferece uma vacina trivalente, que protege contra três cepas virais predominantes, disponível na rede pública para mais de um milhão de pessoas no estado de Mato Grosso do Sul. Esta medida é crucial para controlar a disseminação do vírus, especialmente entre os mais vulneráveis, como evidenciado pelo registro de casos moderados de síndromes respiratórias agudas graves (SRAG) em crianças pequenas na região.

MS já tem 6,5 mil casos de dengue confirmados neste ano

Mato Grosso do Sul já registrou 14.630 casos prováveis de Dengue, sendo 6.578 casos confirmados, em 2024. Estes dados foram apresentados no boletim referente a 16ª semana epidemiológica, divulgado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) nesta quarta-feira (24). Segundo o documento, 15 óbitos foram confirmados em decorrência da doença e outros 12 estão em investigação.

Conforme registros do período nos últimos 14 dias, Coronel Sapucaia lidera o ranking dos municípios com alta incidência da doença, seguido por Juti, Laguna Carapã, Antônio João, Itaquiraí, Naviraí, Camapuã, Iguatemi, Vicentina, Ponta Porã e Figueirão.

Já os óbitos registrados ocorreram nos municípios de Maracaju, Chapadão do Sul, Coronel Sapucaia, Dourados, Laguna Carapã, Naviraí, Sete Quedas, Amambai, Paranhos e Ponta Porã. Entre as vítimas, 6 delas possuíam algum tipo de comorbidade.

Vacinação

Ainda conforme o boletim, 41.105 doses do imunizante já foram aplicadas na população-alvo para a vacinação. Ao todo, Mato Grosso do Sul já recebeu do Ministério da Saúde 73.344 doses do imunizante contra a dengue. O esquema vacinal é composto por duas doses com intervalo de três meses entre as doses.

A vacinação contra a dengue é recomendada para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, 11 meses e 29 dias de idade, faixa etária que concentra o maior número de hospitalização por dengue, dentro do quadro de crianças e adolescentes de 6 a 16 anos de idade.

Conforme recomendação do Ministério da Saúde, tendo em vista o prazo de validade dos imunizantes, essas doses poderão ser aplicadas em pessoas da faixa etária de 6 a 16 anos de idade.

Em caso de necessidade, esta estratégia poderá ser ampliada até o limite etário especificado na bula da vacina dengue, que compreende dos 4 aos 59 anos 11 meses e 29 dias de idade, conforme a disponibilidade de doses no município com vencimento em 30 de abril de 2024. A divulgação e atualização dos dados vacinação contra a dengue acontecerá quinzenalmente a partir deste boletim.

Chikungunya

Em relação à Chikungunya, o Estado já registrou 3.771 casos prováveis, sendo 391 confirmados. Não há óbitos registrados. Segundo dados do período compreendido entre a semana epidemiológica 15 e semana epidemiológica 16, Antônio João apresenta alta incidência da doença, seguido por Iguatemi e Vicentina.

Evite a automedicação. Em caso de sintomas de dengue ou Chikungunya, procure a unidade de saúde do seu município.


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