Saúde
Publicado em 28/07/2014 12:00 -
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Um novo estudo traz mais evidências mostrando que os médicos devem ser extremamente cuidados ao realizar um procedimento comum para a remoção do útero por causa do risco de disseminar um câncer.
A operação usa um equipamento para cortar o tecido uterino em pedaços antes de removê-lo por meio de pequenas incisões durante uma cirurgia minimamente invasiva. A técnica, chamada de morcelação elétrica, também é usada para remover tumores fibrosos.
Relatórios recentes indicaram que equipamento cortou tumores que nem elas ou seus médicos sabiam que existiam, o que causou o espalhamento de células cancerosas no abdome.
Uma em cada 368 mulheres que fez a cirurgia tinha um câncer que só foi detectado mais tarde.
Agora, uma nova pesquisa publicada na revista médica "Jama" aponta que tumores não identificados em mulheres que passaram pela cirurgia de remoção de útero, chamada histerectomia, são mais comuns do que se pensava. A conclusão pode levar à limitação da morcelação.
A FDA (agência que regula medicamentos e equipamentos médicos nos EUA) disse em abril que a morcelação deveria ser desencorajada e, neste mês, fez reuniões para avaliar o procedimento.
O estudo analisou um banco de dados que incluía 15% de todas as internações do país entre 2006 e 2012. Os pesquisadores encontraram 232 mil casos de mulheres que retiraram o útero –36 mil delas passaram pela morcelação. A conclusão é que uma em cada 368 mulheres que fez a cirurgia tinha um câncer que só foi detectado mais tarde.
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