Viver Bem
Publicado em 31/10/2014 12:00 -
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Contas para pagar, relatórios para entregar no trabalho, reunião na escola do filho: são tantos compromissos ao longo do dia que, muitas vezes, fica difícil não se estressar. O problema é que esse estresse pode prejudicar a saúde do cérebro e do coração, como alertam o cardiologista Roberto Kalil e o neurologista Marcelo Calderaro.
Se a pessoa se estressa, o organismo libera hormônios, como cortisol e adrenalina, que causam uma vasoconstrição. Isso pode ser uma das causas do aumento de pressão arterial e também de uma dor de cabeça ou enxaqueca, como explica o cardiologista.
Além disso, as emoções negativas podem também gerar tensão muscular, outra causa de dor, como lembra a psicóloga Juliane Mercante. Para evitar, a dica é tentar controlar esse estresse, com respirações profundas e lentas, e também com bons hábitos de vida, como dormir bem e fazer atividade física.
Existem inclusive personalidades com uma tendência maior a ter dor de cabeça, como a de pessoas perfeccionistas, exigentes ou catastróficas. Este tipo de personalidade tende a ter maior risco de tensões, ansiedade e sentimentos ruins e, por isso, a dica é aprender a controlá-los, afirma Mercante.
Calderaro alerta que a enxaqueca é uma doença de diagnóstico clínico e, por isso, é mais fácil detectá-la em adultos, que conseguem explicar melhor o que sentem. Ela pode ser um problema crônico ou causado pelo descontrole da pressão arterial, explica Kalil. Para identificar, basta procurar um médico para tratar a hipertensão – se a enxaqueca não melhorar, aí é preciso investigar outras causas.
Crianças
Os médicos ressaltam que a enxaqueca por estresse não é exclusiva de adultos e também podem atingir crianças. O problema é que, para detectar nos pequenos, é importante ficar atento a outros sinais – a dica é observar o comportamento deles e avaliar, por exemplo, se costumam se isolar, se têm aversão à luz e sons ou se têm episódios de náuseas e vômitos.
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