Ecologia
Publicado em 27/01/2021 12:00 -
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Uma pesquisa inédita entrevistou 1,2 milhão de pessoas de 50 países para entender o nível de compreensão e apoio ao combate às mudanças climáticas. O relatório, divulgado nesta quarta-feira (27), teve os dados coletados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (UNDP) e analisados pelo Departamento de Sociologia da Universidade de Oxford.
Dados do Brasil
De acordo com os autores, esta é a maior pesquisa de impressão da população já feita a respeito do aquecimento global.
“Esta perspectiva é agora mais necessária do que nunca, já que os países em todo o planeta estão no processo de desenvolvimento de novas promessas nacionais contra o aquecimento global, dentro do Acordo de Paris”, defende o relatório.
Emissões brasileiras
Os dados mais recentes mostram que as emissões dos gases do efeito estufa no Brasil aumentaram 9,6% em 2019, em comparação com 2018. Eles fazem parte do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), divulgado pela organização não-governamental Observatório do Clima (OC), rede de 56 organizações da sociedade civil.
O Brasil está em sexto lugar entre maiores os emissores do mundo – ou em quinto lugar, se não for considerada a União Europeia. As emissões de CO² – principal gás do aquecimento global – por cada indivíduo também estão acima da média do planeta (7,1 toneladas): cada brasileiro gerou 10,4 toneladas no ano passado.
Demissões na área de combate às mudanças do clima
Em fevereiro de 2020, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) demitiu duas autoridades de alto escalão que atuavam no combate às mudanças climáticas, deixando os postos vagos em um momento no qual o país está sob os holofotes por causa dos gases de efeito estufa liberados pela devastação da Amazônia.
O ministério disse, na época, que "as substituições na Secretaria de Relações Internacionais visam dar nova dinâmica para a agenda de adaptação às mudanças climáticas da pasta", sem dar detalhes. O governo do presidente Jair Bolsonaro já havia reduzido a ênfase na área que combate o aquecimento global dentro do ministério, transformando um cargo de nível de secretário para a mudança climática em uma diretoria.
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