Ecologia
Publicado em 15/03/2018 12:00 -
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Carros sem motorista estão em testes pelo mundo, mas até o motorista virar coisa do passado ainda é preciso resolver muitas coisas, que passam por legislação, tecnologia, infraestrutura e modelo de negócio.
De acordo com um estudo da consultoria KPMG alguns países estão mais avançados, como Holanda, Cingapura e Estados Unidos, que ficaram com as três primeiras posições no ranking de aptidão para receber os autônomos.
Outros países nem engataram a primeira marcha ainda, como o Brasil, que ficou em 17º lugar entre 20 países, à frente apenas de Rússia (18º), México (19º) e Índia (20º).
Ranking de aptidão para autônomos
Posição País Total
1 Holanda 27,73
2 Cingapura 26,08
3 EUA 24,75
4 Suécia 24,73
5 Reino Unido 23,99
6 Alemanha 22,74
7 Canadá 22,61
8 Emirados Árabes 20,89
9 Nova Zelândia 20,75
10 Coreia do Sul 20,71
11 Japão 20,28
12 Áustria 20,00
13 França 19,44
14 Austrália 19,40
15 Espanha 14,58
16 China 13,94
17 Brasil 7,17
18 Rússia 7,09
19 México 6,51
20 Índia 6,14
Mas o Brasil foi (mais uma vez) salvo pelos brasileiros, que estão mais dispostos a ter a tecnologia autônoma, até mais que os japoneses. No quesito de aceitação dos consumidores, o país ficou em 14º.
Segundo o estudo, os brasileiros tendem a adotar novas tecnologias rapidamente, mas é preciso definir muita coisa com relação a legislação, melhorar a infraestrutura e a tecnologia disponível – nestes outros temas o país ficou em 20º, 19º e 18º, respectivamente.
"A discussão sobre autônomos está começando em fóruns e eventos ligados às indústrias automotiva e de telecomunicações, mas não vimos autoridades ou governos fazendo planos sobre isso", afirmou Maurício Endo, da KPMG.
O que precisa ter?
pontos de recarga para modelos elétricos
boa rede de comunicação sem fio
infraestrutura de circulação
legislação para permitir testes sem motorista
desejo da população de ter autônomos
pesquisa e desenvolvimento de serviços de mobilidade
A conta do atraso
O prejuízo de ficar sem resolver essas questões vai além de não ter uma tecnologia. Estudos apontam que os veículos autônomos reduzirão os acidentes, que são causados principalmente por falha humana.
O potencial de salvar vidas também desafogaria o serviço de saúde, que gasta milhões anualmente com vítimas de motoristas imprudentes. Estima-se que 585 mil vidas poderão ser salvas entre 2035 e 2045.
Se isso não fosse suficiente, pesquisas indicam que as horas passadas no trânsito podem virar horas produtivas, convertendo-se em ganho econômicos – já se fala em um novo mercado, chamado de "economia de passageiros", estimado em US$ 7 trilhões.
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