Campo Grande
Diante da tragédia no Rio Grande do Sul, tema traz preocupação na capital
Publicado em 08/05/2024 1:06 - Semana ON – Com informações do Midiamax
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Um relatório do Ministério de Minas e Energia de 2019 identificou quatro pontos críticos de inundações em Campo Grande, além de áreas com falta de drenagem e casas construídas abaixo do nível das ruas. A discussão ganha relevância à luz da tragédia climática enfrentada no Rio Grande do Sul.
O documento destaca que a topografia da capital sul-mato-grossense, com baixa inclinação e diversos córregos cruzando a área urbana, favorece o processo de inundações, identificando regiões vulneráveis que precisam de atenção.
O Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima) esclarece que o cenário no Rio Grande do Sul, com até 800 milímetros de chuva nos últimos dias, é incomum para Mato Grosso do Sul. Em 2013, Campo Grande tinha quatro pontos com alto risco de inundações e um risco de voçoroca. O bairro Parque Novo Século, anteriormente afetado pela voçoroca, foi recuperado e considerado estável em 2019, mas os quatro pontos críticos para alagamentos permanecem problemáticos.
Os locais críticos listados no relatório incluem a Avenida Ernesto Geisel com a Avenida Euler de Azevedo, onde uma inundação em fevereiro de 2019 forçou o resgate de um motorista após seu veículo ser arrastado pelas águas do Córrego Prosa. A Avenida Capibaribe também é considerada vulnerável devido à incapacidade da tubulação de suportar as águas do Córrego Imbirussú durante tempestades.
A Avenida Rádio Maia, na Vila Popular, é outro ponto de preocupação, onde o nível da água chegou a quase um metro de altura em áreas baixas e planas. A Rua Elenir Amaral, no bairro Zé Pereira, também sofre com casas construídas em níveis baixos e uma rede de esgoto prejudicada por ligações clandestinas.
A prefeitura de Campo Grande relatou a limpeza do canal do Córrego Imbirussú, que eliminou o alagamento na Avenida José Barbosa Rodrigues, tradicionalmente afetada pelo transbordamento devido ao assoreamento.
Além desses pontos críticos, o relatório do Ministério de Minas e Energia cita áreas com risco baixo ou médio de alagamentos, como os bairros Santo Antônio, Jardim Imá e Coophatrabalho. As avenidas Presidente Ernesto Geisel e Nelly Martins também estão em alerta devido ao transbordamento dos córregos Cascudo e Prosa, respectivamente.
Para mitigar o problema, a prefeitura implementou obras como as bacias de amortecimento do Córrego Reveilleau e realizou a limpeza dos canais dos córregos Prosa e Imbirussú. Na Rua Catiguá, a prefeitura fez obras de emergência para evitar inundações, e na Rua Rivaldi Albert, no Jardim Morenão, reparou a ponte danificada, reforçando a tubulação e garantindo a circulação entre os bairros Pioneiro e Jardim Morenão.
A prefeitura continua realizando reparos e limpezas constantes em bocas de lobo e poços de visita para minimizar o risco de inundações futuras.
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