Meia Pala Bas
Publicado em 20/03/2015 12:00 - Rodrigo Amém
Clique aqui e contribua para um jornalismo livre e financiado pelos seus próprios leitores.
O ano é 2010. Steve Jobs, o supremo sacerdote da Apple, promete vingança contra supostos violadores de seus direitos autorais. “Eu vou destruir Android porque é um produto roubado. Eu estou disposto a ir termonuclear nessa briga”, vociferava.
Como mente criadora do mundo da tecnologia, Steve Jobs tinha toda razão do mundo de lutar pelas suas patentes e combater a moralmente condenável prática de plágio.
O ano é 1996. O mesmo Jobs, preste a lançar o revolucionário iPhone, citava Picasso: “ Bons artistas copiam, grandes artistas roubam. Nós nunca tivemos vergonha de roubar grandes ideias”, admitia o mago da Apple.
Longe de mim dizer que o Jobs de 2010 estava errado em reivindicar seus direitos. Se há o crime, ele deve ser denunciado, apurado, julgado e condenado. O interessante é que essa não era a bandeira de Jobs em 1996. O problema só despontou quando a Apple se viu no outro lado da bancada.
Até mesmo para os rompantes morais e cívicos mais justificáveis, timing é tudo.
Leia outros artigos da coluna: Meia Pala Bas
Deixe um comentário