14/09/2024 - Edição 550

Saúde

Mortes por covid-19 somam 118.649; infectados são mais de 3,7 milhões

Publicado em 28/08/2020 12:00 -

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O total de mortes causadas pela covid-19 chegou a 118.649 na quinta-feira (27), de acordo com levantamento do Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde), com registros compilados até 18h. 

Em números absolutos, o estado de São Paulo lidera o ranking de vítimas fatais com 29.415 registros, seguido pelo Rio de Janeiro, com15.859, Ceará (8.365), Pernambuco (7.480) e Pará (6.102).

Quanto aos casos confirmados, o acumulado é de 3.761.391, sendo 44.235 notificados nas últimas 24 horas.

De acordo com o Boletim InfoGripe mais recente, com dados de 16 a 22 de agosto, no cenário nacional, as internações por SRAG (síndrome respiratória aguda grave) seguem em nível muito alto, considerado zona de risco. Há, contudo, uma tendência de queda em geral. Foram registrados 391.057  hospitalizações em 2020. Entre aquelas com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, em 97,3% era SARS-CoV-2.

“A presente atualização dos dados indica manutenção do sinal de queda do número de novos casos semanais no país, após a retomada do crescimento no mês de junho, podendo ter atingido valor semanal superior ao pico observado em maio”, diz o documento.

Por outro lado, a publicação destaca que “os valores semanais ainda encontam-se muito acima do nível de casos considerado muito alto” e que a situação nas regiões e estados é “bastante heterogênea”, de modo que o dado nacional “não é um bom indicador para definição de ações locais”.

Na análise das capitais, aquelas com longo período de queda com tendência de estabilidade “requerem atenção especial para evitar uma possível retomada do crescimento”, como observado em semanas anteriores em Belém (PA), Macapá (AM), Maceió (AL), Recife (PE), São Luís (MA) e Rio de Janeiro. A publicação também aponta tendência de alta no longo prazo para Maceió, João Pessoa (PB) e Palmas (TO).

Na comparação entre as unidades da Federação, em 15 delas, há ao menos uma macrorregião do estado com tendência de curto e ou longo prazo de crescimento. São elas: Amapá, Pará, Tocantins, Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Sergipe, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato-Grosso do Sul e Paraná.

Segundo país com mais mortes

Na comparação internacional, o Brasil fica atrás apenas dos Estados Unidos no ranking mundial e é o segundo país com mais mortes causadas pela covid-19, de acordo com o mapeamento do Centro de Recursos de Coronavírus da Universidade Johns Hopkins. 

Os dois países repetem as posições também em relação ao número de diagnósticos. No território norte-americano, foram registrados mais de 5,8 milhões de casos. A diferença entre as taxas de testagem entre os dois países – mais de 30 mil testes por milhão de habitantes nos EUA e menos de 10 mil por milhão de habitantes no Brasil – é uma evidência da subnotificação da crise sanitária no cenário brasileiro.

Ao considerar a população de cada nação, o Brasil ocupa a 10ª posição tanto em relação aos óbitos quanto aos diagnósticos, de acordo com dados da OMS (Organização Mundial da Saúde). São com 548,46 mortes por milhão de habitantes e 17.265,74 casos por milhão de habitantes. 

O novo coronavírus já causou mais de 827 mil mortes no mundo. São cerca de 24,6 milhões de casos confirmados, de acordo com dados da Universidade de Hopkins, atualizados nesta quinta.

Taxa de transmissão

A percepção de uma melhora na situação da circulação no Brasil de acordo com o monitoramento feito pelo Imperial College London mudou nesta semana. De acordo com o relatório mais recente, com dados até o último dia 23, o País voltou ao patamar de 1 na taxa de transmissão (Rt). Nesse nível, cada infectado transmite a doença para uma pessoa, mantendo constante o contágio.

Na semana anterior, pela primeira vez desde abril, a taxa estava menor do que 1, em 0,98. Isso significa que 100 pessoas contaminadas contagiam outras 98 que, por sua vez, passam a doença para outras 96.

O indicador é nacional e devido à dimensão continental do Brasil, muitos estados e municípios ainda registro crescimento mais acelerado da transmissão.

O Imperial College calcula a taxa com base no número de mortes reportadas, mas há um intervalo entre o momento do óbito e o registro oficial que pode chegar a até 30 dias.

A análise coincide com o boletim semanal do Ministério da Saúde. De acordo com os dados mais recentes, publicados nesta quarta, a média diária de óbitos na última semana analisada – encerrada em 22 de agosto – foi de 1.003, nível um pouco acima das semanas anteriores.

Após duas semanas com indicador abaixo de mil, o País voltou a atingir a marca. A primeira vez que o Brasil registrou mais de mil mortes por dia foi em 19 de maio. Desde então, o marco tem sido alcançado com frequência.

O próprio boletim do Ministério da Saúde aponta diferenças na transmissão do vírus nas 5 regiões do País. Na comparação entre as duas últimas semanas epidemiológicas analisadas, na região Sul, houve redução nos casos (-17%) e mortes (-8%). No Sudeste, os casos reduziram em 15%, mas as mortes aumentaram em 8%. No Centro-Oeste, também houve redução nos casos (-11%) e aumento nas mortes (+17%)

No Norte, houve estabilização nos casos, com aumento de 2%, e incremento de 9% nos óbitos. No Nordeste, houve redução nos casos e nas mortes, de 14% e 5%, respectivamente. O cenário, contudo, também é muito diverso de um estado para o outro.  

Desde meados de maio, quando olhamos os dados acumulados nacionais, os gráficos epidemiológicos assumiram a forma de platô, em vez de um pico de casos e mortes acumulados. 

Pnad covid-19

De acordo com dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) covid-19 divulgados nesta quinta, em julho, 13,79 milhões de pessoas disseram ter algum sintoma gripal. O numero é inferior aos meses anteriores: 15,5 milhões em junho e 24 milhões em maio.

Em julho, cerca de 3,1 milhões de pessoas que referiram algum sintoma, procuraram por atendimento de saúde, o equivalente a 22,8% dos sintomáticos. Nesse grupo, 75% procurou o SUS (sistema único de saúde).

A busca pela rede de saude aumentou em relação aos meses anteriores. Em junho, formam 19,2% dos sintomáticos. Em maio, 15,7%.

Segundo a pesquisa, até o momento, 13,3 milhões de pessoas fizeram algum exame, sendo 4,7 milhões moleculares (RT-PCR), 6,4 milhões de testes rápidos e 3,9 milhões de outros tipos de testes sorológicos. Os dois últimos identificam anticorpos enquanto o primeiro detectar o vírus no momento da infecção.

Entre os testes moleculares, a positividade foi de 25,5%. Nos testes rápidos, considerados menos precisos, foi de 15,9%. Já nos exames sorológicos de outro tipo, em 24,6% foram detectados anticorpos.

A soma dos resultados positivos das 3 categorias chega a cerca de 3,2 milhões de contaminados. Os casos confirmados pelas secretarias de saúde incluem os diferentes tipo de exame, além de diagnósticos clínicos.

A Pnad covid-19 é feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Cerca de 2 mil entrevistadores têm coletado informações por telefone desde maio.

Subnotificação da pandemia

Em junho, houve uma série de idas e vindas na forma de divulgação dos boletins epidemiológicos do Ministério da Saúde. Após atrasar o horário de envio dos dados, a pasta deixou de informar o acumulado de mortes e diagnósticos em 5 de junho. A divulgação regular só foi retomada em 9 de junho, após decisão do STF (Supremo Tribunal Federal).

A pasta também chegou a anunciar que adotaria uma nova metodologia, com boletins diários de óbitos ocorridos nas últimas 24 horas e não confirmados. A mudança, contudo, não foi colocada em prática até agora.

Na prática, ela inviabilizava uma comparação com os dados anteriores, dificultando a compreensão da evolução da pandemia no Brasil. Ela também atrapalharia a comparação dos números com outros países, por adotar critérios distintos do resto do mundo. 

Com a mudança, as “novas mortes” seriam menores. A medida também evita notícias negativas sobre recordes de óbitos diários. Integrantes do governo de Jair Bolsonaro, especialmente a ala militar, têm criticado esse tipo de cobertura jornalística.

Há uma atraso entre o dia em que a morte ocorreu e o dia em que essa informação foi confirmada em laboratório que pode ser superior a um mês. Por esse motivo, para fins de entender a curva epidemiológica e viabilizar comparações, os países têm disponibilizado os dados dos óbitos por data de confirmação.

No final de junho, o ministério anunciou que a notificação de casos do novo coronavírus poderia ser feita pelo médico apenas por critérios clínicos, sem esperar o resultado laboratorial. Na prática, a mudança pode ser um incentivo a menos para aplicação de testes RT-PCR (moleculares), forma mais precisa de diagnóstico.

De acordo com boletim do Ministério da Saúde, foram distribuídos 5.723.484 testes RT-PCR. Após essa etapa, também há entraves até o resultado do exame. Como o HuffPost vem noticiando, a lentidão no processamento de testes laboratoriais, que detectam tanto a causa da morte quanto se a pessoa foi contaminada, leva a um atraso nos dados oficiais.

Há uma subnotificação de casos confirmados ainda maior devido à limitação de testes de diagnóstico. Na prática, o exame tem sido direcionado apenas aos casos graves. A baixa testagem é um dos entraves apontados por sanitaristas para a flexibilização do isolamento social. 

Segundo o Ministério da Saúde, 4.152.652 exames moleculares haviam sido processados até 15 de agosto. A taxa de positividade era de 36,4% nos laboratórios públicos e de 31,2% nos particulares.

De acordo com painel da pasta, 7.976.380 testes rápidos sorológicos foram entregues. Segundo o boletim, 6.100.454 testes sorológicos (rápidos e laboratoriais) foram feitos. Os testes moleculares informam se a pessoa está infectada naquele momento. Os sorológicos, se há anticorpos no organismo. 

Mortes por falta de UTI

Ao menos 4.132 pessoas morreram antes de conseguir chegar a um leito de terapia intensiva para o tratamento de covid-19 durante a pandemia do novo coronavírus em seis Estados brasileiros: Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e Maranhão. O número, levantado pelo EL PAÍS com dados das secretarias estaduais da saúde, tenta dar pistas sobre o tamanho da pressão sofrida pelo SUS desde fevereiro, quando começou a crise sanitária no Brasil. O jornal procurou as 27 unidades da federação para saber quantas solicitações por uma UTI com perfil de covid-19 foram canceladas por morte do paciente em suas centrais de regulação ― setor que recebe todos os pedidos das unidades de saúde da rede estadual e os distribui conforme vários critérios, incluindo a gravidade do paciente. Essas mais de 4.000 mortes à espera por um leito retratam a situação em menos de um terço do país, já que apenas seis Estados informaram este dado, que pode incluir tanto os casos de desassistência por conta do colapso do sistema de saúde, quanto situações em que pacientes já chegaram tão graves que não houve tempo para colocá-los na terapia intensiva.

Em um país de proporções continentais como o Brasil, a epidemia se desenha em diferentes velocidades ao longo dos últimos seis meses. Os impactos observados até agora são muito distintos entre os Estados, historicamente marcados pela desigualdade que permeia o sistema de saúde. Nos primeiros meses da crise ―especialmente em abril e maio―, Amazonas, Ceará e Rio de Janeiro protagonizaram histórias duras da pandemia, com hospitais superlotados. Registraram longas filas de espera por um leito de UTI, onde são tratados os pacientes com a manifestação mais grave da covid-19. Em alguns locais, unidades de pronto atendimento chegaram a funcionar praticamente como hospitais, improvisaram leitos de estabilização para pacientes que precisavam ser entubados e instalaram até contêineres frigoríficos para armazenar corpos. Simplesmente não havia leitos de UTI suficientes para atender à demanda, embora gestores locais afirmassem que trabalhavam para expandir o sistema de saúde. Desde então, taxas de ocupação hospitalares têm caído, seja por sinais de arrefecimento de casos graves que demandam internação ou pelas vagas de UTI criadas durante a crise.

No Rio de Janeiro, ao menos 2.340 pacientes infectados pelo novo coronavírus morreram antes de chegar a um leito de terapia intensiva. Segundo dados repassados pelo Governo do Estado, a constatação do óbito foi a principal causa de cancelamento de solicitações feitas à central de regulação estadual. E corresponde quase à metade dos 5.080 cancelamentos feitos nos últimos meses relacionados aos leitos de covid-19. Esses cancelamentos ocorrem por diversos motivos, como alta hospitalar, melhora clínica, falta de condições de transporte, desistência, fora do perfil, dentre outros. Nos últimos meses, as taxas de ocupação de leitos públicos no Rio de Janeiro vem diminuindo, o que motivou o fechamento de ao menos dois hospitais de campanha, na capital e em São Gonçalo. Amazonas e Ceará, que também enfrentaram problemas de saturação em seus sistemas de saúde, não responderam quantas pessoas foram retiradas da lista por um leito por óbito até o fechamento dessa reportagem.

Na Bahia, o Estado informou que 734 pessoas faleceram antes de serem transferidas para UTIs de covid-19, mais da metade delas (482) somente nos meses de junho e julho. Foi neste período que o Estado viu o coronavírus ganhar velocidade, quando as curvas tanto de casos quanto de óbitos ficaram mais íngremes. Em agosto, a Bahia se tornou o segundo Estado do país com mais infecções, em números absolutos. A Secretaria Estadual afirma que nem todos os pacientes que morreram à espera por uma cama na terapia intensiva de covid-19 tinham o resultado positivo do teste RT-PCR e alega que, por isso, não é possível dizer que todos estivessem de fato infectados. O Ministério da Saúde, porém, já não exige este tipo de exame para determinar o diagnóstico. Com base em exames de imagem e outros testes laboratoriais, a doença pode ser diagnosticada clinicamente por um médico. Porém, esses pacientes mencionado nesta reportagem aguardavam um leito em uma unidade direcionada ao tratamento de infectados com o coronavírus.

No Rio Grande do Norte, 314 pessoas morreram à espera de uma UTI ― cerca de 14% de todas as mortes por coronavírus registradas no Estado. Embora o primeiro óbito tenha sido identificado ainda no final de março, foi a partir de junho que a epidemia ganhou força no Estado potiguar, pressionando o sistema de saúde. A situação chegou a ficar crítica, mas há semanas dá sinais de arrefecimento, com as taxas de ocupação de leitos críticos em queda. Segundo a plataforma Regula RN (que atualiza dados de hospitais a cada cinco minutos), apenas 40% de todos os leitos críticos exclusivos para covid-19 estão ocupados. Também no Nordeste ―uma das regiões brasileiras mais impactadas pela pandemia e com sistemas de saúde mais frágeis―, o Maranhão conta ao menos 97 pacientes com covid-19 que faleceram antes de conseguir chegar à terapia intensiva.

Nos últimos meses, a trajetória do vírus tem mudado no Brasil. Enquanto Norte e Nordeste dão sinais mais evidentes de estabilidade, o novo coronavírus ganha força em parte do Sudeste e nas regiões Sul e Centro-Oeste, com crescimento no número de casos e óbitos. O Rio Grande do Sul chegou a afirmar que 174 pessoas morreram enquanto aguardavam um leito, mas depois recuou e disse que o número corresponde na verdade a todos os que morreram enquanto aguardavam um leito desde março, seja com perfil covid-19 ou não. Já o Paraná afirma que 643 solicitações por UTIs para tratar pacientes com a covid-19 foram canceladas na sua central de regulação, mas não especifica quais os motivos da retirada desses pacientes da fila de leitos.

No Sudeste, Minas Gerais informa que 296 pacientes morreram antes de serem transferidos para um leito de UTI. Lá, os óbitos por covid-19 dobraram em um mês. Minas viveu uma guinada de perspectiva sobre a pandemia. Começou a registrar os primeiros casos e óbitos ainda no início da crise, mas até maio as autoridades gabavam-se de ter a “situação sob controle”, quando dados oficiais apontavam apenas 250 mortes. O Estado apresentava baixos índices de testagem e, a partir de maio, quando os testes cresceram, os números da pandemia também começaram a subir. Desde fevereiro, foram criados 1.767 novos leitos de UTI do SUS em Minas. A taxa de ocupação dos leitos de terapia intensiva na última semana de agosto era em torno de 65%, segundo o painel estadual. Já o Espírito Santo informou o número de pessoas que morreram antes de chegar a um leito de terapia intensiva: 351. O Estado de São Paulo, porta de entrada para o vírus no Brasil e que concentra desde o início da crise os maiores números absolutos de casos e óbitos por covid-19, também não apresentou seus dados, assim como as demais unidades da federação não mencionadas na reportagem.

Na região Norte, o Acre até respondeu o contato da reportagem, mas não apresentou números. Por e-mail, a Secretaria da Saúde do Estado afirmou apenas que não faz cancelamento de solicitação de leitos. Não respondeu se usa outra nomenclatura para as solicitações não atendidas e nem apresentou dados sobre os pacientes que estavam na lista da central de regulação e saíram por algum motivo.

O acesso a um leito de terapia intensiva não garante a sobrevivência do paciente grave com covid-19, mas oferece cuidados mais específicos enquanto ainda não há medicamento ou vacina com eficácia comprovada cientificamente para combater a doença. Durante a crise, médicos e pacientes relataram um cenário de escassez, com a falta de leitos de UTI e até mesmo rodízio de ventiladores entre pacientes para dar um suporte respiratório aos pacientes infectados pelo coronavírus. Seis meses depois de registrar o primeiro caso de infecção por coronavírus, ainda é difícil se aproximar do tamanho do colapso no sistema de saúde brasileiro, quando nem todos os Estados abrem os dados dos que morreram enquanto esperavam tratamento intensivo.

As taxas de ocupação de leitos de UTI têm caído em uma significativa parte do país, seja por uma possível desaceleração da epidemia ou pela abertura de novas vagas. O Infogripe, um grupo de pesquisa da Fiocruz que acompanha as internações por síndrome gripal no país, alerta que é preciso manter as políticas de prevenção porque mesmo regiões que já enfrentaram uma fase mais dura de contágio podem viver uma segunda onda de internações. O Brasil já soma, desde o começo da pandemia, mais de 115.000 mortes por covid-19.


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