Escolhida entre 260 mil profissionais de todo o país, agente de saúde da Capital tem trajetória retratada em livro

Clique aqui e contribua para um jornalismo livre e financiado pelos seus próprios leitores.

Ao ser procurada para tirar algumas fotos e dar uma entrevista, a servidora Jaqueline Tavares Pessoa Micheloni nem imaginava que participaria de um projeto grandioso que lhe renderia não só elogios, assim como o reconhecimento por colocar em evidência o trabalho de um categoria que muitas vezes atua no anonimato, mas desempenham um papel muito importante na saúde pública, a dos Agentes Comunitários de Saúde (ACSs).

Jaqueline foi selecionada entre os mais 260 mil agentes de todo o país, para ter a sua história contada no livro: “Paths to health – Caminhos da Saúde”, juntamente com outros 30 profissionais de diferentes regiões do país.  A publicação fruto da parceria entre o Ministério do Turismo e a multinacional americana Johnson & Johnson retrata a trajetória de vida e o dia a dia destes profissionais, considerados heróis e heroínas da saúde.

“É uma honra muito grande representar a minha categoria. Com o passar dos anos eu pude perceber a importância do nosso trabalho e o quanto isso faz diferença na vida das pessoas. Nós (agentes de saúde) somos o vínculo entre a comunidade e a unidade de saúde que é a porta de entrada do SUS”, destaca.

Atuando na Unidade de Saúde da Família (USF) Vila Nasser há 12 anos, Jacqueline coleciona curiosidades e boas histórias de sua trajetória de pouco mais de uma década.

“No começo era mais difícil, eu lembro que os moradores tinham uma certa desconfiança.  Dificilmente se abriam. Mas com o passar do tempo, os vínculos foram se fortalecendo e hoje temos uma troca muito positiva. Inclusive, muitos pacientes me convidam para festas de confraternização, aniversário e tudo mais. Hoje considero os meus pacientes como amigos. E acredito que essa relação é muito importante’, diz.

No livro, Jaqueline detalha um pouco sobre os desafios, as parcerias e as amizades construídas ao longo do tempo.   Além da função de agente de saúde, ela desenvolve um trabalho social voltado às gestantes em situação de vulnerabilidade, o projeto Kadosh. Com ajuda de voluntários, ela arrecada e distribui kits de higiene, enxoval, entre outros itens de necessidade.

“Acredito que podemos sempre fazer algo a mais pelas pessoas. E essa é uma forma que encontrei de proporcionar a estas mulheres esse apoio. Além disso, fortalecemos o cuidado, reforçando a importância da realização do pré-natal e do acompanhamento correto em todas as fases da gestação”, comenta.

Quanto ao resultado final do trabalho, Jaqueline se diz surpresa e grata por compartilhar  um pouco da sua história e dos outros 30 profissionais que fazem a diferença na vida do próximo, assim como cada um dos 261 mil agentes comunitários de saúde de todo o Brasil.

“É muito surpreendente quando você conhece um pouco destas histórias de dedicação, perseverança e, porque não, de heroísmo, considerando todas as dificuldades que existem.  São histórias que nos inspiram e servem de motivação para todos os profissionais. E isso faz também com que o nosso trabalho seja reconhecido.  Eu espero que a minha história também sirva de exemplo e motivo muitas outras pessoas a sempre buscarem fazer o seu melhor”, conclui.

Prefeitura lança 4ª etapa da Campanha Operação Mosquito Zero

A Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), lança nesta quarta-feira (18) a 4ª etapa da campanha de combate ao Aedes aegypti – Operação Mosquito Zero, na região do Prosa. A abertura está prevista para acontece às 09h no CRAS Hércules Mandetta, localizado na Rua Barbacena S/N, Jardim Noroeste.

Cerca de 200 agentes de combate às endemias da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais da Sesau (CCEV) estarão mobilizados nos próximos dez dias e atuarão na inspeção de casas e terrenos, recolhimento e eliminação de materiais inservíveis potenciais criadouros do mosquito, além da orientação dos moradores em relação as medidas de prevenção.

Além do trabalho de manejo e orientação realizados pelos agentes, a Operação Mosquito Zero conta com pontos descarte para que os moradores possam se desfazer de materiais inservíveis de pequeno e grande volume acumulados em casa, como móveis inutilizados, carcaça de eletrodomésticos e eletrônicos, pneus e outros objetos que possam acumular água. Os endereços dos locais a serem disponibilizados na região do Prosa serão divulgados durante a abertura da ação.

Nas três etapas já realizadas nas regiões Segredo, Anhaduizinho e Bandeira, foram inspecionados 25.817 imóveis, 14.725 depósitos recolhidos e 819 focos eliminados.

A previsão é de que a campanha Operação Mosquito Zero se estenda até o final do mês de fevereiro de 2023, contemplando as sete regiões urbanas do Município.

A campanha anterior, realizada em maio deste ano, teve mais de 59 mil criadouros eliminados e 2.239 focos eliminados. A Operação Mosquito zero é realizada em Campo Grande desde 2019, quando o município registrou mais de 40 mil casos de dengue.

Dados epidemiológicos

Do dia 01 de janeiro a 31 de dezembro foram confirmados 8.321 casos e sete óbitos por dengue em Campo Grande. Neste mesmo período, foram confirmados apenas 1 caso de Zika e 30 de Chikungunya. Os dados de 2023 ainda estão sendo consolidados.