Campo Grande
Alunos dizem que simulado ajuda em estratégias de aprendizagem
Publicado em 27/06/2023 9:35 - Semana On
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Para estimular a prática da leitura entre a comunidade escolar, a cada 15 dias, por um período de 15 minutos, a a Escola Municipal Senador Rachid Saldanha Derzi, localizada no Jardim Noroeste, em Campo Grande, paralisa suas atividades rotineiras para a leitura de um livro. A iniciativa envolve todos os cerca de 1,5 mil alunos e funcionários da unidade, incluindo a equipe técnico-pedagógica e direção, que se mobilizam para a adoção desse hábito.
O projeto existe há mais de dez anos, de acordo com a diretora Aparecida Ivone Santo Andréa. “A parada ocorre de 15 em 15 dias, quando as crianças param, inclusive os funcionários, coordenadores, para ler. Já está tudo programado e cumprimos uma rotina, com as datas estipuladas. Os professores já reservam os livros, temos uma biblioteca muito fortalecida e todas as salas têm o cantinho da leitura”.
Ainda segundo a diretora, além do projeto Parada da Leitura, a biblioteca desenvolve outro projeto paralelo chamado Leitura. “O aluno que mais lê em três meses, recebe um prêmio, junto com um diploma. Com os recursos que são mandados para a escola fazemos a aquisição de uma boa quantidade de livros. Entendemos que a leitura estimula a interpretação e alfabetização”.
A coordenadora dos 3º e 4º ano, Elyane Kadur Diniz, idealizadora do projeto para premiar os alunos, disse que a cada mês se encanta com a evolução dos estudantes. “Os alunos ficam na expectativa da Parada e já apreciam a rotina literária. Percebo que eles realmente se encantaram pela leitura e que sentem prazer com a prática”.
De acordo com a professora regente Sara Marques, há uma mobilização de todos os alunos com o projeto Parada da Leitura. “Alguns alunos ainda têm dificuldade de leitura, mas como todos param para fazer justamente isso, eles se esforçam, eles querem aprender e isso é muito bonito para a evolução deles, porque a gente percebe que nossos alunos realmente têm interesse pela leitura”.
Empenhados
Os alunos Samuel Rodrigues, de 10 anos, e Daniel Guterres, de 12 anos, receberam diplomas pela quantidade de leitura no período de abril até junho. Cada um deles leu dez livros no período. O balanço é feito pela biblioteca da unidade escolar.
Samuel estuda na Escola desde o grupo 5 e, com incentivo da mãe, acabou adotando o hábito de ler. “Eu gosto de ler tudo, menos livros tristes. Eu viajo com um livro na mão e acabo me transportando para outro lugar. A experiência é muito legal”.
Já Daniel conta que sua preferência de leitura são os gibis. “Eu gosto de histórias de super-heróis também, me divirto muito. E quero ganhar mais certificados, por isso vou continuar pegando cada vez mais livros”.
Quem também está de olho no certificado é a estudante Leicy Arielle Ferreira, de 9 anos. “É muito legal ganhar um certificado, porque mostra que a gente se supera. Quero conquistar o meu. Estou contando já os meus livros. Eu amo ler e entendo o quanto a leitura nos permite viajar o mundo todo e durante a leitura podemos até ser o personagem que quiser do livro que a gente gosta”.
Evolução
A mãe de Daniel, Yasmin Guterres, informa que o filho evoluiu 100% depois que o projeto de leitura começou. “Ele lê de tudo, chega em casa animado falando da Parada, contando o tema do livro atual e eu fico muito orgulhosa vendo a evolução dele desse jeito. Só tenho a agradecer à escola”.
Segundo a técnica de enfermagem Tatiane RodriguesSegundo, mãe do aluno Samuel, desde os 3 anos de idade o filho já se mostrava interessado por livros. “Desde quando ele era pequeno, a gente lia para ele. Mas o Samuel desenvolveu mais ainda esse gosto com o projeto da escola e é muito lindo de ver ele empenhado. De aniversário, ele sempre pede um livro de presente”.
Alunos aprovam simulado da Reme
Durante o Simulado Reme, aplicado nas 98 escolas de Ensino Fundamental para 80 mil alunos de Campo Grande do 1º ao 9º ano, os estudantes fizeram uma avaliação sobre as provas e disseram que os testes ajudam a desenvolver estratégias de estudos, além de prepará-los para o futuro.
A aluna da Escola Municipal Edith Coelho Netto, Gabriela de Carvalho Ranzan, está no 9º ano. Hoje, foram aplicadas provas de Matemática, do 1º ao 5° ano, e de Matemática e Ciências Humanas e da Natureza, do 6° ao 9° ano. “É como se fosse uma prova bimestral com conteúdo que a gente tem que prestar atenção na aula para aprender. Acho que o Simulado prepara a gente para o vestibular e melhora nossa visão de como organizar os conteúdos para estudar de forma mais prática”, avaliou.
O aluno do 8º ano da mesma escola de Gabriela, Luiz Carlos Martinez avaliou o Simulado como difícil. “Eu gosto muito de estudar, me preparei para o teste, mas fiquei ansioso e achei difícil. O Simulado é uma preparação para outras provas difíceis que vamos fazer na vida, porém sabemos que são o tipo de avaliações que vamos ter que enfrentar em vestibular e concursos, por exemplo. Praticando a realização do simulado todo bimestre vamos aprender a controlar melhor a ansiedade em provas futuras”.
Quem também achou difícil a prova de Matemática foi o aluno Thauner da Silva Penha, do 6º ano. “Achei todas as questões difíceis, mas eu consegui responder tudo e saí com uma sensação que acho ser igual a de quem faz vestibular, quando consegue responder questões que vão traçar o caminho da pessoa. Não deixei nada em branco porque a gente tem que se esforçar e foi o que eu fiz”, respondeu.
Vitor Hugo Valadão da Silva tem 15 anos, estuda no 7º ano da Escola Municipal Edith Coelho Netto e acha que gabaritou a parte de Ciências Humanas e da Natureza. “Eu gosto de todas as disciplinas, mas me identifico mais com Ciências, só que achei difícil a parte de Matemática. Essas provas devem ser como as de vestibular e é bom para gente saber como vai daqui uns anos”.
Da Escola Municipal Virgílio Alves de Camargo, a aluna do 6º ano, Lana Heloísa de Oliveira falou que o Simulado é importante para adquirir conhecimento. “Eu me preparo para o Simulado como se fosse uma prova bimestral, porque é muito importante. Todo o conteúdo que a gente estudou no bimestre, foi passado na aula, então é só estudar, pois essas provas nos preparam para o futuro”.
Conforme a diretora da Escola Municipal Virgílio Alves, Eliane Alves de Rezende, foi feito um trabalho pela equipe técnico-pedagógica da escola com os alunos, a respeito do Simulado Reme. “Nós orientamos os alunos, avisamos aos pais e tivemos quase 100% de presença nos dois dias de Simulado. Temos um bom feedback dos pais que dizem que gostam dos Simulados porque preparam os filhos e os tornam responsáveis com suas questões escolares, o que deve ser levado para a vida adulta profissional”, exemplifica.
Segundo a professora regente, Lucilene Pereira Matana, os alunos foram comprometidos com os estudos para o Simulado. “Eles não faltaram e estavam um pouco ansiosos, com preocupação a respeito da nota, mas deu tudo certo. Na sala onde acompanhei as provas, todos os alunos compareceram”.
Na Escola Municipal Nerone Maiolino, a aluna Yasmin Borges preparou um jornal sobre o Simulado Reme, do 1º Bimestre. A produção faz parte do projeto de audiovisual da escola. “A professora deu a ideia de produzir a matéria, eu pesquisei sobre o Simulado no site da Prefeitura de Campo Grande e elaborei a matéria. Fico muito feliz por ver o resultado do meu trabalho impresso”, conta.
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