Campo Grande
Para melhorar fluxo de leitos, Regional propõe protocolo de desospitalização de pacientes
Publicado em 17/05/2023 11:55 - Semana On
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O Hospital Regional de MS (HRMS) retomou a realização dos exames de cateterismo cardíaco após a conclusão da instalação do aparelho de hemodinâmica, o Angiógrafo.
A equipe do setor de imagem do hospital recebeu treinamento e os exames já foram iniciados desde ontem (16). Sete pacientes realizaram o procedimento de cateterismo e, para esta quarta-feira (17), mais onze exames estão agendados, sendo quatro de cateterismo e sete de arteriografia cerebral.
“Esse aparelho é fundamental para realizar vários tipos de procedimentos, tanto na área de cardiologia, neurologia e radiologia intervencionista. A demanda de pacientes com infarto, angina, AVC, paciente com alteração de vias biliares, que precisa fazer biopsia hepática, biópsia de pâncreas, o aparelho veio para complementar e ajudar a realizar esses procedimentos. Ele é fundamental para o diagnóstico e tratamento das patologias citadas anteriormente”, explicou o médico cardiologista intervencionista, Augusto Daige da Silva.
Sobre a demanda de exames e tratamentos a serem realizados com o novo aparelho de hemodinâmica, a diretora presidente do HRMS, Marielle Alves Corrêa Esgalha, explica que o hospital seguirá a demanda de pacientes internados e regulados pelo município.
“Ficamos um período sem realizar os procedimentos no hospital e agora vamos retomar até que todos sejam atendidos. É importante destacar que somos um hospital que atende pacientes devidamente regulados”, afirmou.
Com recursos adquiridos por meio de emenda parlamentar, R$ 2.870.000,00 foram investidos na aquisição do Angiógrafo.
HRMS propõe protocolo de desospitalização de pacientes
Membros da diretoria de quatro grandes hospitais da Capital discutiram estratégias unificadas de desospitalização de pacientes, na terça-feira (16), durante reunião no gabinete da presidência do HRMS.
A diretora técnica do HRMS, Patrícia Rubini, explica que a proposta do encontro foi alinhar questões de desospitalização de pacientes com condições de ir para a casa, mas que ainda precisam de cuidados.
“Essa universalização de cuidados é muito importante. Com a superlotação que acontece nos grandes hospitais, principalmente na Capital, entendemos que precisamos girar leitos, mas não podemos abandonar pacientes. Então, nós desospitalizamos os pacientes mais crônicos que podem ter os cuidados divididos com a família, tendo na retaguarda todo o corpo médico e serviços de saúde do hospital para que assim consigamos atender os pacientes que precisam de um atendimento imediato, que estão aguardando leitos hospitalares”, disse.
Para o diretor-técnico da Santa Casa de Campo Grande, Willian Lemos, um dos gargalos em uma gestão hospitalar “é justamente a permanência prolongada dos pacientes”.
“Esse fórum veio justamente para discutir a possibilidade de se articular em rede, como é a proposta do SUS, para que, em cooperação mútua, a gente consiga desospitalizar pacientes e otimizar os recursos para aqueles pacientes que necessitam. É muito salutar que tenhamos essas reuniões, para que os hospitais conversem entre si e entendam as necessidades e realidades de cada um para propor soluções”, afirmou.
Já a coordenadora do Serviço de Atenção Domiciliar da Sesau, Glauce Sueline de Siqueira, destaca que o fator desospitalização por si só traz um ganho muito grande para todos os serviços.
“A partir do momento que eu tenho esse paciente com critérios de atendimento domiciliar, tenho uma vaga, um leito liberado e faço circular com mais dinâmica essas vagas hospitalares. Eu desafogo o setor terciário, e isso é muito importante”, afirmou.
A diretora-presidente do HRMS, Marielle Alves Corrêa Esgalha, considera a reunião importante no sentido de mostrar a união entre os principais hospitais do Estado. “A reunião foi muito positiva e podemos conhecer melhor a realidade dos nossos colegas. É através dessa união que conseguiremos alcançar o objetivo final que é aprimorar o fluxo de leitos públicos garantindo atendimento a quem precisa”, concluiu.
Uma nova reunião será marcada para continuar as tratativas. Também participaram da reunião desta terça-feira (16), a coordenadora do SAD/HRMS, Alexandra Regina Barbosa, Fabiano Cançado, coordenador do NIR (Núcleo Interno de Regulação) da Santa Casa de Campo Grande, o diretor técnico do Hospital São Julião, Augusto Brasil, a superintendente Jessika Souza Mendes, o gerente de produção Ariel Marcos e Maurício Ponpilho, responsável pelo NIR; a chefe da unidade multiprofissional do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, Saryta Ribeiro, a chefe da unidade de regulação, Ligiane Fava Estevam e a chefe da divisão de gestão do cuidado, Juliana Rodrigues de Souza.
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