Campo Grande
Com o intuito de prevenir as principais zoonoses, SES realizou primeira ação ‘Vet em Ação nos Parques’
Publicado em 02/10/2023 11:27 - Semana On
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Você sabia que assim como os seres humanos, o seu pet também fica exposto a doenças respiratórias, como gripes e resfriados? Por exemplo, em épocas com umidade do ar baixa, como registrado nas últimas semanas, é muito comum encontrar cachorros diagnosticados com a tosse dos canis — nome mais popular para a Doença Respiratória Infecciosa Canina.
Nesses dias, a Subsecretaria do Bem-Estar Animal (Subea) notou um aumento na procura de atendimentos para animais com sintomas gripais, como a tosse dos canis.
A tosse dos canis é uma doença de transmissão muito fácil e rápida, podendo ocorrer através secreções nasais, saliva e pelo ar através da tosse de animais doentes. Uma vez que um animal foi infectado, a probabilidade dessa infecção se alastrar aos demais é muito alta. Os cães que vivem em alta aglomeração, normalmente em canis, ONG’s, creche para cães, têm maiores probabilidades de exposição à doença.
A médica veterinária da Subea, Gisele Tavares, afirma que normalmente, os primeiros sinais da doença começam a aparecer de 3 a 10 dias após a infecção inicial. Os sintomas são muito semelhantes aos da gripe humana: febre, tosse seca, secreções nasais e indisposição. Contudo, em animais que são considerados “grupos de riscos” — aqueles que têm a imunidade comprometida, como filhotes, idosos e com doenças pré-existentes —, pode evoluir para uma condição mais grave, como uma pneumonia.
“Por isso, ao observar qualquer um desses sinais, é importante procurar um veterinário para fazer a avaliação correta o quanto antes, para evitar que a doença evolua”, destacou.
Amora chegou até a Subea com secreção nasal e tosse que já durava mais de uma semana. Sua tutora, Rosely Silva, disse que já havia levado em outra clínica, mas que não viu melhoras com o tratamento passado. “A tosse dela piorou, mesmo tomando o medicamento que foi receitado”. Antes de saber o diagnóstico, Rosely conta que no começo achou que ela estava engasgada com alguma coisa que tinha comido. “Parecia que ela queria colocar para fora, tipo cuspir, alguma coisa”, relatou.
Gisele alerta que em casos como esse, o tutor não deve assoprar, abanar e nem fazer com que o animal beba água, na intenção de fazer com que a crise de tosse passe. Conforme afirma a veterinária é fundamental a avaliação clínica para identificar o nível da doença e o melhor tratamento, que pode ser com antitussígenos e broncodilatadores, que diminuem os desconfortos dos sintomas da tosse dos canis, até curar. “Em casos mais graves, o veterinário poderá indicar o uso de antibióticos”.
Outro alerta de Gisele, é que a gripe dos cães é reconhecida como zoonose, ou seja, se trata de uma doença que pode ser transmitida de animais para humanos. “Os sinais respiratórios podem ser apresentados principalmente por pessoas que tenham quadro clínico mais debilitado, mas muitas vezes passa despercebida essa situação”.
Atendimento clínico
A Prefeitura de Campo Grande, através da Subea, oferece atendimento veterinário gratuito para cães e gatos de tutores que possuem NIS. São distribuídas 15 senhas pela manhã, a partir das 7h30 e 15 senhas no período da tarde, a partir das 13h. Além do NIS, o tutor deve apresentar comprovante de residência e documento com foto.
Com o intuito de prevenir as principais zoonoses, SES realiza ação ‘Vet em Ação nos Parques’
A SES (Secretaria de Estado de Saúde), por meio da coordenadoria de Controle de Vetores e gerência de Zoonoses, realizou no último sábado (30) a primeira edição do ‘Vet em Ação nos Parques’ que ocorre simultaneamente no Parque Ecológico do Sóter e Parque dos Poderes, em Campo Grande.
O evento tem como objetivo promover ações de vigilância e prevenção das principais zoonoses nos parques públicos da Capital.
Conforme a gerente de Zoonoses da SES, Camile Sanches Silva, durante a ação serão desenvolvidas atividades educativas acerca da leishmaniose, raiva, esporotricose e febre maculosa, por meio de atividades lúdicas para as crianças, panfletagem e exposição de materiais informativos, além da oferta de alguns serviços, como vacinação antirrábica.
“Também realizaremos a estratificação do risco de transmissão de febre maculosa nos parques públicos do município”, explica Camile.
Especialmente no Parque Ecológico do Sóter, será disponibilizado no castramóvel os serviços de microchipagem, vacinação antirrábica de cães e gatos e teste rápido de leishmaniose canina, além de muita pipoca e diversão para as crianças.
O ‘Vet em Ação nos Parques’ é uma realização da SES por meio da coordenadoria de Controle de Vetores e gerência de Zoonoses, CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) de Campo Grande e FAMEZ/UFMS (Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), e apoio do Maranatha Pet Shop e rações FinoTrato.
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