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De coach a político: a fortuna e as perguntas sem respostas
Publicado em 18/09/2024 11:04 - Leonardo Sakamoto e Josias de Souza (UOL), Cláudio Castello de Campos Pereira (Congresso em Foco) - Edição Semana On
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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deixou claro ontem (17) que podem ter a candidatura cassada e serem condenados a seis meses a um ano de detenção os candidatos que:
– oferecerem dinheiro a pessoas não registradas como profissionais de suas campanhas para aumentar redes sociais;
– incentivarem terceiros a lucrarem com a monetização de cortes de vídeos que os beneficiem mesmo que não pague a eles diretamente;
– vender ou doar produtos relacionados à sua campanha em plataformas digitais.
Apesar de valer para todas as candidaturas, o recado tem um destinatário claro. As ações do influenciador Pablo Marçal (PRTB), que vêm sendo criticadas pelos adversários e expostas na imprensa, se encaixam em vários pontos do documento.
O TSE aprovou alterações no texto da resolução 23.745/2024, com o objetivo de indicar o entendimento do tribunal a respeito do tema e que ele configura abuso de poder econômico, ou seja, ilícito eleitoral. A presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, afirmou que a aprovação no plenário das alterações ajudaria a deixar o pleito mais “seguro e transparente”.
Houve ampla divulgação sobre um dos impactos dessas alterações, o que trata da proibição a empresas de bets de aceitarem apostas relacionadas ao resultados das eleições. Mas não sobre o outro: a de que as candidaturas não podem transformar a campanha em um negócio, para além daquilo que é registrado como atividade eleitoral formalizada.
O TSE afirmou que é proibido a utilização de organização comercial com plataforma on-line para “vendas, oferta de bens ou valores, apostas, distribuição de mercadorias, prêmios ou sorteios, independente da espécie negocial adotada, denominação ou informalidade do empreendimento, que contenha indicação ou desvio por meio de links indicativos ou que conduza a sites aproveitados para promessa ou oferta gratuita mediante pagamento de qualquer valor de bens produtos ou propagandas vinculados a candidatos ou resultado do pleito”.
“O TSE apenas esclareceu o que já está na lei: eleição não é negócio. Não se pode pagar eleitores para fazerem campanha nas redes, assim como não é permitido incentivar pessoas a monetizarem conteúdos eleitorais para ganhar dinheiro”, explicou à coluna Fernando Neisser, professor de Direito Eleitoral na FGV.
“Também fica claro que essas redes de empresas que buscam faturar em cima de produtos de campanha agem ilegalmente. A ministra Cármen Lúcia, recoloca a política no seu lugar, como espaço de debate democrático e busca de caminhos na gestão da coisa pública”, conclui.
Em agosto, o juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral, após ação movida pelo PSB, determinou a suspensão de suas contas de redes sociais.
O magistrado afirma que a monetização dos cortes desrespeitava o equilíbrio no processo eleitoral. “Notadamente, o poderio econômico aqui estabelecido pelo requerido Pablo suporta e reitera um contínuo dano e o faz, aparentemente, em total confronto com a regra que deve cercar um certame justo e proporcional”, afirma em sua decisão.
Ao mesmo tempo, sites tentam impulsionar a candidatura do empresário através da venda e doação de camisas e bonés com a sua marca. Ele nega relação com eles.
Grotesco perde o fôlego em SP
O eleitorado de São Paulo sinaliza a intenção de atender parcialmente ao desejo de Pablo Marçal. A situação do franco-provocador pode ser resolvida já no primeiro turno. Não com uma vitória acachapante, mas com o expurgo de Marçal da disputa. O ódio sem causa está mais distante de um provável segundo turno.
Seguindo tendência já captada pelo Datafolha, pesquisa Quaest aponta um declínio de Marçal (20%). Em uma semana, desceu três pontos. Rircardo Nunes (24%) ficou do mesmo tamanho. E Boulos (23%) oscilou dois pontos para o alto. Nessa pesquisa, o quadro ainda é de empate triplo. Mas Marçal, agarrado na beirada da margem de erro, está prestes a cair do primeiro pelotão.
Essa é a primeira pesquisa pós-cadeirada. Deve-se observar, entretanto, que as entrevistas foram feitas entre domingo e terça-feira. Significa dizer que o resultado captou apenas parcialmente os efeitos do pancadão de Datena na TV Cultura e dos novos barracos de Marçal no debate Rede TV-UOL. Datena (10%) obteve na Quaest o acréscimo dois pontos.
O Datafolha desta quinta-feira deve trazer esboço mais nítido de uma conjuntura que deixou zonzos os comitês, especialmente o de Marçal, que vagueou em poucas horas entre a encenação do paciente agonizante na ambulância e a retomada da pose de valentão indomável. Submetido às oscilações, o eleitor sinaliza que o grotesco perde o fôlego em São Paulo.
De coach a político: a fortuna de Pablo Marçal e as perguntas sem respostas
A carreira política de Pablo Marçal como candidato à Prefeitura de São Paulo tomou o Brasil de surpresa. Ele desponta como um inegável fenômeno nas redes sociais, mas o crescimento veloz de sua fortuna e suas atividades empresariais, somadas às ligações questionáveis de figuras do seu partido com o crime organizado, demandam explicações. Restam, inclusive, dúvidas sobre o porquê de sua primeira entrada na cena eleitoral ter coincidido com um prejuízo de R$ 2 milhões em sua maior empresa.
Um dos principais ativos declarados por Marçal à Justiça eleitoral é a “Aviation Participações Ltda.”, com capital social registrado no montante de R$ 100 milhões. Embora o nome da empresa faça alusão ao setor de aviação, suas atividades registradas estão concentradas na administração, compra, venda e aluguel de imóveis próprios. A empresa foi constituída em outubro de 2021 e tem como sócios Pablo Marçal e Marcos Paulo de Oliveira.
Na retórica triunfal de Marçal, tudo é sobre conquistas e vitórias, mas o balanço patrimonial mais recente, registrado na Junta Comercial de São Paulo, conta uma história um pouco diferente. O exercício de 2022, longe de refletir o brilho de um sucesso empresarial incontestável, apresentou um resultado econômico negativo de R$ 2.227.654,07, e tanto os ativos quanto os passivos somam modestos R$ 9.654.136,87. Parece que, em vez de decolar, a “Aviation” está mais próxima de um pouso forçado.
O prejuízo, por sinal, foi reconhecido pelo próprio candidato: a ata da assembleia deliberativa do último balanço registra que os sócios foram unânimes em identificar o resultado negativo no ano em que, coincidentemente, Pablo Marçal embarcou pela primeira vez na política, disputando inicialmente para presidente da república e, mais tarde, para deputado federal.
A reunião aconteceu em agosto de 2023, um ano antes de sua entrada na disputa pela prefeitura da capital. O site Congresso em Foco questionou a assessoria de comunicação sobre quais fatores o candidato atribui ao prejuízo, e se, em sua avaliação, houve relação com a disputa eleitoral de 2022. Ainda não houve resposta.
Pablo Marçal tem um patrimônio declarado de R$ 193,5 milhões ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Muitas de suas empresas atuam em setores conhecidos por serem usados para lavagem de dinheiro, levantando suspeitas sobre a origem de sua riqueza e suas verdadeiras alianças.
Explosão sem respostas
Ex-coach e influenciador digital, ele construiu uma base sólida de seguidores, utilizando sua plataforma para expandir seu alcance em números exponenciais e lançando mão de técnicas inovadoras de marketing digital. A ascensão de Pablo Marçal não se limita à política paulistana. Ele tem conseguido, aos poucos, dividir o eleitorado conservador, colocando em risco a hegemonia de Jair Bolsonaro entre os eleitores de direita. Em eventos como o 7 de setembro, Marçal apareceu para dividir as atenções com Bolsonaro, e sua popularidade nas redes sociais só cresce.
Essa fragmentação da direita é preocupante para os bolsonaristas, que veem em Marçal um rival inesperado à hegemonia do ex-presidente, capaz de mobilizar um público jovem e insatisfeito com “as mesmas figuras políticas de sempre”. Ao contrário do ex-Capitão que adveio da estrutura de poder após quase três décadas como deputado, Marçal é, sim, um legítimo “outsider”.
Desconforto na direita
Sua ascensão, embora meteórica, não ocorre sem gerar desconforto. Jair Bolsonaro e outros líderes de direita (como Silas Malafaia) estão cada vez mais inquietos com o espaço que Marçal vem conquistando. Para um candidato que não depende de grandes partidos nem de tempo de TV, sua capacidade de mobilização nas redes e sua entrada no campo conservador mostram que ele não pode mais ser subestimado.
Contudo, a ascensão de Marçal vem acompanhada de um questionamento central que ele ainda não respondeu: como ele conseguiu acumular tamanha fortuna, declarada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em R$ 193,5 milhões, em um período de dez anos nas condições que são apresentadas agora, para o público? Tal fortuna, claro, não é compatível com a esmagadora maioria do empresariado, ainda que “coach” de palestras motivacionais e vídeos no YouTube.
Furto qualificado
Essa é uma das questões que mais intrigam observadores e críticos. Marçal tem um passado criminal relevante não ligado à política que merece destaque. Ele foi condenado por sua participação em meados dos anos 2000 por integrar um esquema de fraudes bancárias na internet, como parte da “Operação Pegasus” (Tribunal Regional Federal da Primeira Região; Processo nº 182459420054013500 / 2005.35.00.018391-1/GO), realizada pela Polícia Federal. Marçal foi condenado a quatro anos e cinco meses de reclusão por furto qualificado, após ser identificado como o responsável por capturar listas de e-mails que, posteriormente, eram infectadas com programas maliciosos.
O objetivo do esquema era roubar dados bancários para transferências fraudulentas. Marçal, no entanto, não cumpriu a pena: ela foi extinta pela prescrição, já que ele era menor 21 anos na época do cometimento dos crimes. Isso significa que ele não foi inocentado, mas sim que sua punibilidade foi extinta pelo tempo decorrido entre a condenação e o julgamento final.
De onde vem a fortuna?
Esse episódio, minimizado por Marçal e seus apoiadores quando questionados, revela um lado obscuro de sua história, que, combinado com seu rápido crescimento financeiro, levanta ainda mais preocupações com a verificação sobre a lisura de suas atividades empresariais. A pergunta que surge é como ele conseguiu, em apenas uma década, passar de um “coach” a um multimilionário, com um patrimônio declarado que impressiona até o mais otimista dos empresários.
A questão sobre sua evolução patrimonial é um ponto de grande dúvida. Quando empresários sérios olham para os números de Marçal, fica difícil acreditar que ele conseguiu acumular R$ 193,5 milhões em dez anos. A conta simplesmente não fecha. Amealhar uma fortuna de R$ 20 milhões, R$ 30 milhões nesse período seria algo crível. Porém, não há como acumular R$ 193 sem chamar atenção do meio empresarial.
Relembrando que a discrepância entre o valor declarado e o valor de mercado das empresas usualmente é maior, é de se presumir que, na realidade, seu patrimônio empresarial possa valer muito mais, já que capital social, frequentemente utilizado em registros formais, não reflete o valor real de uma empresa no mercado. Com maior razão pelas histórias de sucesso que Marçal gosta de alardear.
Cortes e suspeitas
Esse rápido acúmulo de riqueza, sem que haja clareza nos detalhes e aliado a outros fatos que margeiam a biografia do candidato, levanta suspeitas. A conta da evolução do patrimônio de Marçal é típica de fenômenos digitais que preferem apresentar versões de fatos, “cortes”, em vez de uma análise profunda. Marçal é um mestre no uso de “cortes”, que são cuidadosamente editados para entregar uma mensagem atraente, porém superficial. Seu público compra essas versões sem questionar se elas têm profundidade ou coerência com a realidade.
Na prática, o mundo real impõe restrições e complexidades que o discurso das redes muitas vezes ignora. Não é normal para alguém, em tão pouco tempo, acumular uma fortuna de R$ 193,5 milhões comprando e vendendo terrenos e operando em setores que exigem alto investimento inicial. Usualmente, a construção de uma fortuna genuína, que se sustenta ao longo do tempo, está intrinsicamente ligada ao trabalho árduo, à dedicação e ao esforço constante. Ganhar dinheiro dá muito trabalho. Mantê-lo, idem. Não perder esse capital, também. Quem tem essas cifras costuma não ter tempo a se dedicar a redes sociais.
20 setores
E isso é um ponto importante. Para acumular uma fortuna tão grande em um período tão curto, seria necessário ter lucros consistentes e bem acima da média de mercado, com dedicação e foco. No entanto, Marçal ainda não explicou consistentemente de onde vem a maior parte de seus recursos. Ele afirma atuar em mais de 20 setores diferentes, o que levanta ainda mais dúvidas. É possível que, em apenas dez anos, uma pessoa domine tantos setores e consiga um crescimento financeiro dessa magnitude, dedicando-se tanto às atividades em redes sociais?
A grande pergunta que precisa ser respondida para quem pretende assumir a maior capital brasileira e, tal como um certo “gestor” que já prefeitou antes em São Paulo, precisa ser respondida é: de onde vem a fortuna de Pablo Marçal? Como alguém que começou com um trabalho de coach e influenciador digital pode, em uma década, acumular tanto capital de modo nada usual, especialmente considerando o tempo e esforço necessários para manter e expandir uma fortuna dessa magnitude? Essas questões não podem ser ignoradas pelo eleitor (como estão!) e a falta de explicações claras sobre seu crescimento patrimonial levanta suspeitas sobre a origem de sua riqueza.
PCC
A candidata Tabata Amaral (PSB), entre outros adversários políticos, já levantou publicamente essas questões. Em seus vídeos, Tabata tem questionado diretamente a origem dos recursos de Marçal e as possíveis ligações obscuras em torno de sua fortuna. E, ao que parece, ela não está sozinha. Empresários sérios também observam com ceticismo a trajetória do candidato, questionando como ele conseguiu multiplicar seu patrimônio de forma tão rápida e “heterodoxa”, e em setores onde o lucro não é tão garantido quanto ele afirma.
O que poderia ser uma narrativa de “sucesso empreendedor” esconde aspectos complexos que envolvem empresas em setores sensíveis, como aviação e imóveis, que coincidem com atividades associadas ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
Outro destaque de seu patrimônio é a “Marçal Loteamento Participações Ltda.”, outra empresa envolvida no setor imobiliário, com um capital social declarado de R$ 100 mil. Sem conhecer o negócio, não é possível opinar se um capital social desse montante transmite segurança à atividade de loteamentos, ainda que essa atividade envolva patrimônios vultosos. Mas é fato que, sem que possamos afirmar se há alguma relação com facções criminosas ou se há algum crime, essas atividades de loteamento são frequentemente utilizadas para disfarçar grandes somas de dinheiro ilícito.
A polícia já demonstrou que o PCC tem controle direto sobre negócios imobiliários em várias regiões do Brasil, sendo um mecanismo eficiente para lavar dinheiro proveniente do tráfico de drogas e outras atividades ilícitas.
Conexões sombrias
Um dos nuances mais intrigantes da trajetória de Marçal é a conexão com Florindo Miranda Ciorlin, um piloto e empresário acusado de atuar na aquisição e ocultação de aeronaves para traficantes. Florindo é acusado de ser uma peça-chave no transporte de grandes quantidades de cocaína da Bolívia para o Brasil, operação ligada diretamente ao PCC.
Em 2021, Marçal concedeu a Florindo uma procuração para representá-lo junto a órgãos federais, o que coloca Marçal em uma posição desconfortável. A relação entre eles, especialmente quando se considera a associação de Florindo com atividades ilícitas, pode levantar suspeitas sobre as operações da “Aviation Participações” e o uso de empresas de fachada para disfarçar negócios ilícitos, já que o nome sugere envolvimento com a atividade de aviação.
Essa conexão entre Marçal e Florindo é particularmente preocupante, pois se encaixa no padrão já conhecido de uso de empresas no setor de aviação e imóveis como canais para a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. O PCC, como uma organização fortemente estruturada, utiliza esses mesmos métodos para manter suas operações longe do radar das autoridades, e a presença de figuras como Florindo no círculo empresarial de Marçal reforça a necessidade de o eleitor conhecer mais as “histórias de sucesso” vertiginoso do ex-coach.
Partido enrolado
Além das atividades empresariais de Marçal, seu partido, o PRTB, está imerso em controvérsias que envolvem o PCC. Investigações recentes revelaram que figuras importantes do partido estão ligadas diretamente a operações de tráfico de drogas. Um exemplo é Tarcísio Escobar de Almeida, ex-presidente estadual do PRTB, acusado de trocar carros de luxo por cocaína para a facção. Ele e Júlio César Pereira (Gordão) foram implicados em esquemas que financiaram o tráfico de drogas com bens de alto valor, utilizando esse mecanismo como uma forma de lavar dinheiro para o PCC.
Ambas as figuras são ligadas a Leonardo Avalanche, presidente nacional do PRTB e aliado próximo de Marçal (que já deu declarações isentando seu líder partidário de ligações com a facção criminosa).
“Banco do crime”
Essas conexões são alarmantes, uma vez que o próprio partido de Marçal está implicado em esquemas que beneficiam o crime organizado. As investigações sugerem que o PCC criou uma espécie de “banco do crime”, envolvendo dezenas de empresas de fachada para lavar dinheiro e financiar candidaturas políticas, movimentando mais de R$ 8 bilhões.
O fato de Marçal se associar a essas figuras e se suas empresas não serem conhecidas para um empresário que declara quase R$ 200 milhões amealhados em uma década (enquanto expande suas operações empresariais nos mesmos setores onde o PCC atua), é uma coincidência que não pode ser ignorada.
Outro aspecto crucial é o financiamento da campanha de Marçal. Candidato pelo PRTB, um partido de pouca expressão, sem acesso significativo ao fundo partidário e com tempo mínimo de propaganda eleitoral na TV, Marçal, ainda assim, conseguiu manter uma campanha de alta visibilidade. Seu domínio sobre o cenário digital e sua forte presença nas redes sociais levantam questões sobre a verdadeira origem dos recursos que sustentam sua impressionante estrutura de campanha, para além de seus milhões de seguidores.
Mais perguntas que respostas
A ascensão de Pablo Marçal no cenário político brasileiro levanta mais perguntas do que respostas. Seu patrimônio declarado, as atividades empresariais e as conexões com figuras ligadas ao crime organizado criam um cenário de suspeitas que precisam ser investigadas com seriedade. O que parece ser uma história de sucesso nas redes sociais pode esconder uma teia de interesses obscuros que envolvem facções criminosas e o uso de empresas de fachada para lavagem de dinheiro.
Com a gravidade das suspeitas que pairam sobre a candidatura Marçal, o eleitor e as autoridades precisam exigir respostas claras e uma investigação rigorosa sobre a origem de sua fortuna e suas conexões. Essa explicação não virá do candidato. Talvez porque explicar o impossível seja realmente uma tarefa difícil, mesmo para um coach de sucesso. O Brasil não pode permitir que facções criminosas utilizem a política como fachada para expandir seu poder e influência.
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