04/10/2024 - Edição 550

Legislativo

Seminário debate o direito à proteção integral de crianças e adolescentes órfãos

Psicólogos, assistentes sociais, pesquisadores, organizações da sociedade civil e autoridades do Poder Público discutiram a situação de orfandade

Publicado em 25/06/2024 11:12 - Semana On

Divulgação ALEMS

Clique aqui e contribua para um jornalismo livre e financiado pelos seus próprios leitores.

Foi realizado ontem (24), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), o Seminário Estadual Orfandade e Direitos, que reuniu psicólogos, assistentes sociais, pesquisadores, organizações da sociedade civil e autoridades do Poder Público, para discutir a situação de orfandade e a desproteção social vivenciada por crianças e adolescentes.

“Na pandemia do Covid-19 no Brasil foram perdidas mais 777 mil vidas, boa parte poderia ter sido poupada se houvesse outro tratamento naquele momento. Muitas crianças e adolescentes perderam os cuidadores principais, mães, pais e avós, passando a viver a condição de orfandade. Ainda temos uma realidade dramática com relação ao feminicídio no Mato Grosso do Sul, primeiro lugar no Brasil em razão dos altos índices de violência doméstica cotra mulheres, situação responsável também em gerar a orfandade”, destacou Kemp.

Segundo o parlamentar, a articulação nacional visa criar políticas públicas, no âmbito do Poder Legislativo, para proteção e garantia de direitos das crianças e adolescentes órfãos. A psicóloga Marina de Pol Poniwas, do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, problematizar a falta de proteção social de crianças e adolescentes em situação de orfandade devido, sobretudo, à pandemia e ao feminicídio, é fundamental para a reparação social do Estado frente ao cenário.

Carmen Ferreira Barbosa, presidente do Conselho Regional de Serviço Social da 21ª Região, e Walkes Jacques Vargas, presidente do Conselho Regional de Psicologia da 14ª região, destacaram a importância do seminário, como o início de uma nova ordem política, social e jurídica, com o objetivo de reconhecer crianças e adolescentes como sujeitos de direitos e de proteção.

O defensor público-geral Pedro Paulo Gasparini avaliou que o seminário é uma oportunidade de debater os desafios como, por exemplo, a infratestrutura na capacidade de acolhimento, a preocupação com a saúde mental, investimentos em educação, a adptação social e o perigo da exploração sexual. Para a desembargadora Elizabete Anache, coordenadora da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça, o evento tem grande potencial para extrair ideias, como a regulamentação de um serviço para obter dados oficiais sobre a questão da orfandade.

A promotora Fabrícia Barbosa Lima, do Núcleo da Infância e da Juventude do Ministério Público Estadual, disse que a população indígena também precisa ser prioriedade, especialmente no aperfeiçoamento no atendimento da criança e adolescente em situação de orfandade e no fortalecimento da rede de proteção.

Milton Alves Santos, coordenador-executivo da Coalizão Nacional pelos Direitos de Crianças e Adolescentes em Orfandade, informou que há oito meses um comitê tem se reunido e ressaltou a qualidade da disposição dos membros, o surgimento de elementos importantes, arranjos inéditos e a disposição da sociedade em aprofundar o debate.


Voltar


Comente sobre essa publicação...

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *