06/10/2024 - Edição 550

Legislativo

Professor André Luis defende Campo Grande como Área Livre de Agrotóxico

O vereador destacou que é preciso combater o uso indiscriminado de agrotóxicos e outros inseticidas, incluindo o fumacê utilizado nas cidades contra o Aedes Aegypti

Publicado em 26/06/2024 1:42 - Semana On

Divulgação

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O vereador Professor André Luis participou da audiência pública realizada para debater o projeto de lei complementar nº 928/24, de autoria da vereadora Luiza Ribeiro, que visa tornar Campo Grande Zona Livre de Agrotóxicos na produção agrícola, pecuária e extrativista.

Apoiador da iniciativa, o vereador destacou que é preciso combater o uso indiscriminado de agrotóxicos e outros inseticidas, incluindo o fumacê utilizado nas cidades contra o Aedes Aegypti. De acordo com André Luis, as consequências do uso desses produtos, que inclui desenvolvimento de doenças degenerativas e de câncer, se tornaram um caso de saúde pública.

André Luis reconheceu o valor do agronegócio e das pesquisas científicas realizadas por diversos órgãos e entidades para tornar a produção do campo mais eficiente, no entanto, enfatizou que é preciso combater as ações nocivas, especialmente em relação ao uso desenfreado de agrotóxicos.

“Hoje, a agricultura comercial representa nosso presente, mas a preservação do meio-ambiente é a nossa garantia de futuro”, afirmou.

E completou: “A nossa luta não é contra o agronegócio científico, mas contra o ‘ogronegócio’, que é o agro que despreza leis ambientais, que avança em áreas de preservação permanente, usa inseticidas quando não se deve usar, que usa agrotóxicos contrabandeados. É contra isso que temos que lutar”, destacou.

Ainda em relação ao uso de fumacê para combater a dengue e outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti, André Luis apontou que atualmente existem outras opções para que não seja necessário usar inseticidas, como a bactéria Wolbachia, que já se mostrou eficiente no controle do mosquito.

Além de trazer malefícios para a saúde humana, o uso de inseticida de forma indiscriminada também afeta o equilíbrio ambiental no meio urbano, diminuindo a população de abelhas, lagartixas e aranhas, que atuam no controle natural de outros animais e doenças.

“Usamos inseticidas para o controle de vetores, mas não estudamos os efeitos sinérgicos dele. Hoje não se encontra mais ninho de lagartixa ou de aranha nas casas e doenças como dengue, chikungunya e leishmaniose se tornaram doenças urbanas”.

Por fim, o vereador apontou que é preciso resolver o conflito entre a preservação do equilíbrio ambiental e o uso de agrotóxicos.

“O agrotóxico, em determinado momento, ele é importante, mas temos que estudar os impactos dele, já que um dos principais problemas é o efeito residual e hoje já existem outras opções para eliminar ou diminuir o uso de veneno”, concluiu.

O encontro foi convocado pela vereadora Luiza Ribeiro e contou com a participação de ambientalistas e pesquisadores que apresentaram o modelo de produção Agroecológico como alternativa ao uso de agrotóxicos. Além de elencar todos os problemas de saúde e ecológicos envolvendo o uso de pesticidas em plantações e no ambiente urbano.


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