AUAU MIAU
Publicado em 02/10/2014 12:00 -
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Quem tem um cão e preza pela saúde dele gosta de vê-lo feliz, ativo e saudável. Contudo, muitos donos costumam ficar preocupados quando seu cãozinho começa a dar sinais físicos de que algo não está bem, como uma coceira contínua, queda de pelos, problemas de pele visíveis mesmo sob a pelagem, perda de apetite e comportamentos que denotam desconforto, como lamber e morder diversas partes do corpo. Esta sintomatologia visível pode significar que você tem um cachorro alérgico.
A alergia canina é causada por diversos fatores externos que podem causar hipersensibilidade do sistema imunológico de seu cão. Esses fatores são chamados clinicamente de alérgenos e estão presentes no dia a dia, como poeira, pólen, ácaros, bolores, produtos químicos diversos e até a alimentação.
Causas da alergia canina
Os diversos fatores abaixo mencionados podem causar alergia crônica, que pode ser tratada mas nunca curada, porque não há como eliminar completamente os alérgenos da vida canina.
Intolerância alimentar: o cão possui alergia a algum tipo de alimento, principalmente os de origem animal. Mesmo as melhores rações podem causar reações alérgicas se algum componente ativar os anticorpos que produzem as histaminas (substâncias que ativam as alergias). Mas atenção: não confunda alergia com intoxicação alimentar. A alergia demanda acúmulo de substâncias que causam a reação, e isso leva tempo, enquanto a intoxicação acontece quando se consome algum alimento que libere toxinas (ou popularmente, “comida estragada”).
Alergias a parasitas, micoses ou bactérias: as mais comuns entre os cães. Geralmente causadas pela picada de pulgas, sarnas e por infecção bacteriana, produzem problemas na pele e na pelagem e levam à coceira incontrolável.
Alergias a micro-organismos transmissíveis pelo ar: ácaros, pólen, bolores e poeira são os principais vetores de espirros e dermatites (problemas de pele).
Sintomas mais comuns e locais de contágio
Preste atenção ao comportamento de seu cachorro com alergia nos ambientes que ele costuma ficar. Atente para espirros constantes, coceira que não para, marcas avermelhadas na pele, ausência de pelos no corpo e lambedura excessiva nas patas, articulações e no tronco.
Observe também onde ele sente estas prováveis reações alérgicas. Veja se há flores, plantas, tapetes, produtos de limpeza, grama, terra, areia, insetos e demais fatores que possam causar alergia.
Diagnóstico e tratamento da alergia em cães
Qualquer diagnóstico tem que ser feito por um veterinário de confiança, que se baseará na rotina que seu cão leva. Os passos básicos são os seguintes:
O veterinário pedirá um exame de sangue que determinará a sensibilidade a diversos alérgenos, desde os que o dono do cachorro indicará na anamnese até os mais improváveis porém presentes no Brasil.
Para determinar se a causa da alergia é alimentar, faz-se uma batelada de testes com alimentos que o cão consome rotineiramente e com comida que ele nunca provou – é a chamada dieta da exclusão.
Após o período de avaliação clínica são prescritos os tratamentos, que incluem medicação e prevenção contra as causas da alergia canina. Há o tratamento medicamentoso, como os produtos anti-histamínicos, pomadas e cremes que podem conter baixa taxa de corticoides. A eliminação total ou parcial dos prováveis focos de alergia faz parte do tratamento, como não permitir que ele entre em contato com flores, gramados e terra, higienizar a casinha e o local onde o cãozinho dorme, lavar com água quente panos que entrem em contato com a pele e pelos, entre outros cuidados.
Em casos específicos, pode-se usar a imunoterapia, que são injeções controladas de alérgenos com o intuito de reforçar a imunização. No caso de intolerância alimentar, a primeira providência é a eliminação dos alimentos que causam o desconforto e a possível introdução de ração hipoalergênica na dieta. O uso de vitaminas, Omega 3 e Omega 6 (ácidos graxos, ou gorduras, usados para o alívio da coceira) e banhos com água mineral são complementos que podem ser prescritos pelo veterinário.
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