14/09/2024 - Edição 550

Campo Grande

Software pretende gerir a arborização urbana na capital

Saiba como identificar se as árvores de Campo Grande correm ou não risco de cair

Publicado em 28/09/2023 1:17 - Semana On, Thais Libni e Débora Ricalde (G1MS) – Edição Semana On

Divulgação Ana Paula Fernandes - PMCG

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A Prefeitura de Campo Grande iniciou uma nova fase para a arborização urbana da Capital, com a assinatura da ordem de serviço, por intermédio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur) e Agência Municipal de Tecnologia da Informação e Inovação (Agetec), para implantação de software responsável pela gestão da arborização, serviços de suporte técnico, treinamentos, garantia de atualização e manutenção evolutiva.

A aquisição do sistema Arbolink possibilitará maior eficiência nos trabalhos de controle e manejo da arborização, redução de custos operacionais, além de minimizar o risco de acidentes, danos e prejuízos das mais variadas proporções, que podem ser causados pelas árvores. Por intermédio dessa ferramenta, será possível obter informações consolidadas para um planejamento adequado da gestão da arborização municipal, onde todas as etapas e procedimentos estarão interligados digitalmente, eliminando a utilização de papel que resultará em celeridade nos procedimentos e economia à gestão.

A prefeita, Adriane Lopes, destacou como a gestão tem implementado o desenvolvimento sustentável e econômico na Capital “Vamos seguir com compromisso e empenho com a sustentabilidade, buscando políticas de desenvolvimento econômico para a cidade, sendo elas sustentáveis. E através da tecnologia avançaremos ainda mais no cuidado com a nossa floresta urbana”.

A prefeita também ressaltou como Campo Grande segue sendo exemplo no cuidado com a arborização. “Tive a oportunidade de mostrar para todo o Brasil a evolução que estamos alcançando aqui na Capital. A floresta urbana é algo ligado às nossas vidas, estamos vivendo um tempo de mudanças climáticas, dias com calor intenso e notamos que aqui o impacto foi menor do que em outras cidades do Brasil devido ao grande número de árvores no meio urbano. Vamos continuar com as ações que impactam vidas e transformar a realidade dos campo-grandenses. Estamos felizes por ser reconhecido mundialmente, pela quarta vez, como cidade árvore e na semana passada fomos notícia nacional em pautas de grande relevância, demonstrando como as árvores impactam na qualidade de vida da nossa população”.

Para a secretária municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana, Kátia Sarturi, este foi mais um passo na consolidação de um trabalho reconhecido mundialmente. “Estamos não só prestigiando o meio ambiente, a política de arborização, mas sim evoluindo num desenvolvimento sustentável inteligente, moderno, onde mais um serviço será realizado de forma digital. Nada mais sustentável e inteligente que oferecer ferramentas digitais, inclusivas, de controle e transparência a serviço da população, além de agradecer as parcerias com empresas e instituições que atuam na preservação ambiental e sabem do comprometimento da gestão com essa temática fundamental à vida”.

Luiz Cesar Ribeiro, diretor de projetos e tecnologia da Agetec, pontuou o empenho das equipes técnicas para a formalização do projeto. “É um trabalho que vem sendo desenvolvido a muitas mãos, toda a capitania e a inteligência, o viés intelectual do projeto de própria parte da Semadur em que a Agetec apoiou para o desenvolvimento de um processo de escolha de uma solução que se adeque da melhor maneira possível para as necessidades da pasta.

Termo de Cooperação Técnica

Na mesma ocasião foi assinado o Termo de Cooperação Técnica entre a Semadur, Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) e Organoeste, objetivando a união de esforços para o correto manejo da arborização urbana. O Termo visa que a Organoeste realize a recepção dos resíduos gerados pelas podas e remoções de árvores realizadas pelo Município e o fornecimento de adubo orgânico, contribuindo para a melhoria dos plantios e equilíbrio ambiental do município de Campo Grande.

O secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Domingos Sahib Neto, enfatizou a relevância quanto à correta destinação dos resíduos da arborização e transformação em material que será utilizado pelo Município. “Firmamos o compromisso quanto a correta destinação de todo material oriundo das podas, que resultará em um excelente adubo orgânico que será revertido tanto aos nossos viveiros, jardins e praças. Portanto, iremos completar um ciclo ambiental, desde a poda até a destinação final e assim, a Prefeitura continua dando exemplo de uma boa gestação ambiental, com a sustentabilidade de todo o ciclo operacional”.

Para o responsável técnico da Organoeste, Rafael Fábio Pereira, este é mais um passo importante da Prefeitura em relação ao correto manejo de seus resíduos. “Este documento celebra de fato a logística reversa do material vegetal que a prefeitura gera em questão das podas, etc. Iremos recepcionar esse material e depois submeter ao processo de compostagem, necessário para dar a destinação adequada porque a quantidade de carbono que tem em um material vegetal, inclusive nos troncos, é bastante alta e deixar isso disposto de qualquer maneira, ocasiona problemas como de composição lenta e que irá gerar emissão de gás para a atmosfera”.

A empresa irá receber o material para o correto acondicionamento e promover a composição de maneira controlada por um tempo bastante acelerado, retendo, assim, esse carbono para evitar que ele vá para a atmosfera e eventualmente mantendo ele na fase sólida, devolvendo para o solo em forma de fertilizante que será utilizado na produção de mudas e manutenção de canteiros, auxiliando na continuação do projeto  Tree City of the World.

Essas são ações que integram o compromisso da gestão municipal assumido com a Rede Tree Cities of the World que reconhece as cidades que são referência mundial na gestão das suas florestas urbanas.

Saiba como identificar se as árvores de Campo Grande correm ou não risco de cair

Você sabe identificar quando uma árvore corre ou não risco de cair? Observar alguns sinais ajuda a evitar acidentes. De acordo com o biólogo ambiental, José Bruno, uma inclinação acentuada ou desequilibrada ou uma poda mal feita são pontos a serem observados pelos campo-grandenses nas ruas da cidade.

“Entre os sinais mais aparentes de problemas são buracos ou mesmo a presença de alguma parte oca. Se você vê uma coloração diferente no tronco ou no galho, é um sinal. Além disso, se você passa a mão e percebe que a madeira está esfarelando, é outro indicativo de que algo está errado”, exemplifica o especialista.

O biólogo ambiental explica que a avaliação inicial do estado de uma árvore pode ser feita por qualquer pessoa, mas também deve passar por uma análise mais profunda de profissionais especializados.

Mas, atenção, é importante, não confundir a aparência das árvores em estações mais secas, períodos em que a folhagem é renovada com doenças. “No outono e inverno, algumas árvores perdem as suas folhas e ficam ‘carecas’. Mas não significa que estão doentes ou em declínio”.

O que pode causar quedas de árvores?

Ainda assim, situações de vento e chuva podem provocar queda de galhos e árvores, inclusive de aparência saudável. Chuvas intensas e recorrentes como neste início de ano podem desestabilizar o solo e derrubar árvores por inteiro, mesmo após a parada das chuvas.

O que fazer quando uma árvore cair?

De acordo com o Tenente Coronel César, do Batalhão do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, ao avistar uma árvore que esteja em situação de risco, a orientação é sempre evitar andar ou estacionar perto do local. Além disso o morador pode acionar acionar os serviços da prefeitura e o Corpo de Bombeiros (193).

‘Árvore X fiação’: saiba o que fazer quando galhos causam pane elétrica

Galhos de árvores em contato com a rede elétrica podem causar diversos prejuízos como pane elétrica e até mesmo cortar a distribuição de energia. Isso ocorre quando são plantadas espécies inadequadas ou então a manutenção não é feita com frequência.

Para evitar acidentes, o g1 conversou com a concessionária de distribuição de energia elétrica em Mato Grosso do Sul, Energisa, para saber como deve ser feito essa poda de maneira adequada, sem colocar a vida de uma pessoa em risco.

-Em caso de árvore sobre a rede elétrica, quem a população deve acionar?

Para os casos envolvendo ocorrências de árvore sobre a rede, deve-se acionar a Energisa de imediato. Assim que a população entrar em contato uma equipe especializada será enviada e fará todos os procedimentos de segurança necessários para executar o reparo da rede e reestabelecer o fornecimento de energia elétrica.

No caso de contato entre uma árvore e a rede elétrica, quais cuidados devem ser tomados?

De acordo com a concessionária, a atividade de poda deve ser executada por profissionais especializados, pois além dos riscos de acidente com queda em altura, também pode ocorrer choque elétrico.

Quem deve fiscalizar sobre a plantação de uma espécie adequada para o local?

A vegetação urbana é de inteira responsabilidade da prefeitura municipal de cada município. É muito importante a conscientização da população, para não plantar árvores de grande porte em baixo da rede elétrica, optando-se por cultivo de espécies de pequeno porte

Os galhos da árvore do meu quintal está tocando na rede elétrica. Posso realizar a poda?

Em hipótese alguma uma pessoa treinamento ou equipamentos adequados deve realizar uma poda de árvores com galhos próximos a rede elétrica. Neste caso, por questões de segurança, pode-se acionar a Energisa pelos nossos canais de comunicação, para que a poda seja executada com segurança.


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